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Brasil corre risco de sofrer surtos de doenças de origem animal por conta de degradação ambiental

A região Norte possui um alto risco de sofrer com surtos de doenças de origem animal, ou seja, as zoonóticas, como a covid-19

Descoberta de quase mil micróbios que podem provocar doenças
Descoberta de quase mil micróbios que podem provocar doenças – Pexels/Monstera

“Crescente degradação ambiental”: esse foi um dos pontos destacados em um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como um dos fatores que fazem com que regiões do Brasil corram um risco maior de sofrerem com surtos de doença de origem animal. Essas enfermidades são chamadas de zoonoses, como a dengue, febre amarela, covid-19 e a própria varíola dos macacos.

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Os cientistas explicam o favorecimento para surtos de doenças zoonóticas combinam diversas questões, como o “aumento do contato entre a população humana vulnerável e a vida selvagem em áreas em degradação ambiental”, além da rápida disseminação geográfica de infecções em regiões socialmente vulneráveis”.

REGIÕES DO BRASIL COM RISCO DE SURTOS DE DOENÇAS DE ORIGEM ANIMAL

Com mais de 30% do seu território coberto por florestas, o Maranhão é um dos estados que são considerados de alto risco para um surto desse tipo de doença. O Norte é a região com concentra esse risco, onde apenas o Pará tem um risco considerado médio. O motivo está ligado justamente com o grande desmatamento que ocorre na Amazônia.

“No Brasil, os recentes aumentos nas vulnerabilidades ambientais e sociais, amplificados por crises econômicas e políticas, são potenciais gatilhos para surtos”, destacam os cientistas, no estudo publicado na Science Advances, na quarta-feira, 29. São 7 estados brasileiros que estão nesse ponto de alerta.

“O desafio atual é coordenar a colaboração intersetorial para uma gestão eficaz da Saúde Única em países megadiversos com alta vulnerabilidade social e crescente degradação ambiental.”

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