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Em meio ao surto de varíola dos macacos, África sofre com falta de vacinas e testes

Apesar do surto atual, a varíola dos macacos já atinge, há décadas, regiões da África Ocidental e Central

Países registram casos de monkeypox em crianças
Países registram casos de monkeypox em crianças – Pexels/Edward Jenner

A varíola dos macacos pode estar tendo uma grande visibilidade e atenção do mundo nesse momento, mas regiões da África já sofriam com endemias da doença há muito tempo. Há décadas a monkeypox afeta a África Ocidental e Central. A Nigéria, por exemplo, já registrou mais de 200 casos e 8 mortes, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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A pandemia de covid-19, por exemplo, deixou em evidência como a distribuição de vacinas não foram feitas de forma igualitária. A África foi um continente que sofreu com essa desigualdade. Com os casos de varíola dos macacos crescendo cada mais, em que mais de 50 países já registram diagnósticos da doença, Ahmed Ogwell Ouma, do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, chegou a destacar que as vacinas contra a doença devem ser distribuídas de forma equitativa e para locais com maior necessidade.

ÁFRICA SOFRE COM FALTA DE RECURSOS PARA COMBATER VARÍOLA

Apesar do apelo, o cenário na África é de falta de vacinas e testes para tentar bloquear o avanço da doença. “Ambas essas ferramentas são realmente necessárias no continente”, disse Ouma, nesta quinta-feira, 30, em coletiva. Ele também destacou como a varíola é uma emergência no continente. “Pedimos a todos os nossos amigos e parceiros que se juntem a nós no controle deste surto”, comunicou.

No Brasil, os casos da doença já saltaram para 37. Enquanto estados como São Paulo e Rio de Janeiro já têm transmissão comunitária da varíola, na quarta-feira, 29, Minas Gerais registrou o primeiro quadro de monkeypox.

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