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Com câncer, homem está com pelo menos três variantes de covid no corpo

O paciente sofre com um câncer no sistema linfático e pode ser considerado a pessoa que ficou com o vírus de covid no corpo por mais tempo no mundo

Paciente com câncer está com covid por mais de 470 dias
Paciente com câncer está com covid por mais de 470 dias – Unsplash/CDC

São mais de 470 dias que um paciente com câncer está infectado por covid-19. Sem o nome identificado, o caso do homem de cerca de 60 anos está sendo acompanhado por cientistas norte-americanos da Universidade de Yale. Vale lembrar que quadros como esse, de pessoas que testam positivo para o vírus por um longo período, não é caracterizado como covid longa. Essa última condição é designada quando uma pessoa sofre efeitos prolongados da doença sem estar contaminada.

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PACIENTE COM CÂNCER TEM TRÊS TIPOS DE VARIANTES NO ORGANISMO

O homem sofre com um câncer no sistema linfático que, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse sistema é uma composição entre órgãos e tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade do corpo. O linfoma ocorre quando uma célula de defesa do corpo se torna maligna e passa a se multiplicar e disseminar pelo organismo rapidamente.

Com o sistema imunológico enfraquecido por conta do câncer, o paciente já está dentro do grupo de risco de covid-19, onde pacientes desse grupo correm mais risco de desenvolverem um quadro grave da doença. Diante desse estado de saúde, os cientistas observaram que o homem possui pelo menos três variantes do coronavírus atuando em seu organismo.

Ainda, a equipe destacou que o vírus está sofrendo diversas mutações no paciente, em que as mudanças no genoma estão acontecendo duas vezes mais rápido que o comum. Por conta disso, o homem pode ser considerado um vetor de transmissão dessas mutações da doença.

“Essa infecção crônica resulta em uma evolução e divergência acelerada do Sars-CoV-2, um mecanismo que pode potencialmente contribuir para o surgimento de variantes geneticamente diversas”, destacaram os cientistas, em artigo na versão pré-print, divulgada no último sábado, 02. Ou seja, o estudo ainda precisa passar pela revisão de pares. Conforme os pesquisadores, esse paciente pode ser considerado o que manteve o vírus no corpo por mais tempo no mundo.

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