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Transtorno Depressivo Persistente: Como o distúrbio afeta as células imunes?

O Transtorno Depressivo Persistente pode gerar sintomas depressivos por décadas, além de efeitos negativos também nas células imunes

Especialista fala sobre Transtorno Depressivo Persistente
Especialista fala sobre Transtorno Depressivo Persistente – Pexels/Daniel Reche

O TDP – Transtorno Depressivo Persistente – também conhecido como Distimia, é uma doença caracterizada por uma depressão constante que varia de leve a moderada. Humor triste e sintomas depressivos podem ser uma porta de entrada para o distúrbio, apesar de ser considerada mais leve que a depressão (Transtorno Depressivo Maior – TDM).

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Sua principal característica é a duração dos sintomas, que podem durar décadas. Normalmente, consiste em sintomas depressivos que duram mais de 2 anos em adultos e, pelo menos, um ano em crianças e adolescentes. Os efeitos já conhecidos como introversão e melancolismo podem ser acompanhados de efeitos negativos nas células imunes no organismo.

Transtorno Depressivo Persistente pode afetar o sistema imunológico

É o que defende o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, PhD neurocientista, biólogo e autor do artigo “Neuroanatomia em pacientes com transtorno depressivo persistente e as alterações das células imunes”, publicado pela Revista Multidisciplinar de Ciência Latina. “No campo da neurociência, tem vindo a ser questionadas as alterações que os transtornos depressivos podem causar nas células imunes”.

“Os estudos mais recentes neste campo têm demonstrado que as pessoas que sofreram de TDP, […] apresentam aumento da deformabilidade celular em monócitos e neutrófilos (grupo de células do sistema imunológico que tem a função de defender o organismo de corpos estranhos, como vírus e bactérias)”, afirma, no estudo.

O artigo também mostra os perigosos efeitos de transtornos depressivos nas células sanguíneas – glóbulos brancos e vermelhos – podendo afetar seu importante papel imunológico de impedir a entrada de microorganismos nos tecidos do corpo.

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“Resultados sugerem que distúrbios depressivos estão associados a um aumento geral na deformabilidade das células sanguíneas”, afirma. “Os eritrócitos (glóbulos vermelhos) e os linfócitos (glóbulos brancos) foram mais deformáveis no transtorno depressivo persistente presente.

Os impactos do TDP no sistema imunológico acendem um alerta para os efeitos da depressão na imunidade do indivíduo, o que o torna mais vulnerável a demais enfermidades. Por isso, o Dr. Fabiano de Abreu indica ainda em seu artigo alguns comportamentos que auxiliam na prevenção e controle do TDP.

  • Moderação no uso de álcool e drogas recreativas;
  • Incluir lazer na rotina;
  • Fazer atividades relaxantes;
  • Se exercitar com frequência;
  • Viajar.

Sobre Dr. Fabiano de Abreu

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Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.