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Insuficiência Cardíaca: cardiologista explica causas, sintomas e tratamento

Próximo do Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca, o Dr. Edimar Bocchi alerta sobre a doença que reduz a expectativa de vida, suas causas, sintomas e tratamento

Próximo do Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca, Dr. Edimar Bocchi alerta sobre a doença que reduz a expectativa de vida, suas causas, sintomas e tratamento
Cardiologista explica causas, sintomas e tratamento da Insuficiência Cardíaca – Freepik

Em 9 de julho, celebra-se o Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca, cardiopatia que atinge cerca de três milhões de brasileiros. A doença se manifesta através de sintomas como falta de ar, fadiga e inchaço dos pés e pernas. Além de crônica, a insuficiência cardíaca é progressiva, ou seja, se agrava com o passar do tempo, se não for adequadamente tratada, levando a importantes prejuízos na qualidade de vida.

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Caracterizada por episódios recorrentes de descompensação, quando os sintomas se intensificam, faz com que o paciente necessite de assistência médica e hospitalar de emergência, levando-o, na maioria dos casos, à internação.

A insuficiência cardíaca tem grande potencial de reduzir a expectativa de vida. Após o diagnóstico, metade dos pacientes podem morrer em até cinco anos. Além de que, a sua prevalência vem aumentando consideravelmente em todo o mundo, tornando-se um grave problema de saúde pública. Hoje, ela é a terceira causa de internação em pessoas com mais de 60 anos, estando presente em até 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos.

O que causa a insuficiência cardíaca?

Um dos fatores que pode desencadear a enfermidade é a falta de controle do diabetes. Apesar de pouco abordada, a correlação do diabetes com outras doenças nos sistemas cardiovascular e renal é muito mais comum do que se imagina. Um dado alarmante indica que pacientes com diabetes têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca do que pessoas que não têm a enfermidade. O descontrole nos níveis de açúcar no sangue, pode gerar um estado de inflamação, que tem o potencial de danificar os vasos sanguíneos e o coração.

O sucesso no tratamento da insuficiência cardíaca depende da correta adesão do paciente. Isso inclui controle dos fatores de risco e doenças associadas, mudança dos hábitos de vida, monitoramento da evolução da condição por meio de exames de rotina e uso de medicamentos. Por isso, é essencial que ele tenha clareza de que se trata de uma doença crônica – que pode ser controlada– e é justamente por isso que os cuidados devem ser contínuos.

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Nesse contexto, nós, médicos, desempenhamos um papel fundamental: a educação. É indispensável falar sobre o tema, esclarecer e conscientizar a população de que há meios de prevenção e de controle da insuficiência cardíaca. Somente dessa forma, possibilitaremos que os pacientes sejam protagonistas da sua própria saúde, tirando o melhor proveito de todos os avanços proporcionados pela medicina e pela ciência. Somente empoderando as pessoas a cuidarem de sua própria saúde é que ofereceremos meios de escolherem qual o melhor caminho para se alcançar a tão almejada qualidade de vida.

 

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Artigo redigido pelo Dr. Edimar Bocchi, chefe da unidade de Insuficiência Cardíaca do Incor.