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Técnica para castração de animais domésticos sem cirurgia é criada por cientistas brasileiros

O novo método de castração de animais consiste na indução de calor, sem provocar queimaduras

Cientistas criam método de castração sem procedimento cirúrgico – Pexels/Snapwire

Um novo estudo pode avançar o método de castração de animais domésticos. Cientistas brasileiros da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um procedimento não cirúrgico com base no calor, sem causar queimadura no animal. A pesquisa foi feita com roedores machos e os cientistas obtiveram resultados positivos. Com isso, espera-se que os testes sejam realizados com gatos. 

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“A castração cirúrgica dos animais (seja macho ou fêmea) é extremamente eficiente, mas não é rápida nem de fácil acesso”, disse, em comunicado, a professora e coordenadora do método, Carolina Madeira Lucci. Caso sejam comprovadas a eficácia e segurança da técnica, cães e gatos poderão ser castrados com a nova forma, mas o projeto seria iniciado com gatos machos, por conta de sua potencialidade reprodutiva e porque a sensibilidade ao calor está voltada para as células dos testículos

“A nossa ideia é aplicar a técnica primeiro em gatos porque eles têm uma reprodução aceleradíssima, e depois em cachorros. Além disso, os gatos têm um tamanho mais fácil de trabalhar, enquanto os cachorros variam muito em relação ao porte, o que requer uma adaptação do método”, explicou a professora. 

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MÉTODO DE CASTRAÇÃO ANIMAL SEM PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

Com os primeiros resultados publicados nas revistas científicas Nanotoxicology e Pharmaceutics, o método de castração animal sem procedimento cirúrgico pode envolver duas técnicas de esterilização: um campo magnético (magnetohipertermia) ou uma luz de LED (fotohipertermia)

O campo magnético externo consiste e o injetamento de nanopartículas na região dos testículos geram calor. Enquanto as nanopartículas na luz de LED se transformam em calor. Nos dois casos o animal deve estar sedado. “A vantagem é que, como eu não estou fazendo nada cirúrgico, não preciso acompanhar esse animal depois (não preciso tirar pontos nem aplicar antibiótico). A cirurgia expõe o animal a microrganismos, e ele pode desenvolver uma infecção. Neste tratamento, isso não acontece”, disse a pesquisadora. 

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