OMS alerta risco para a saúde da mulher, em meio à guerra na Ucrânia
A OMS alerta que guerras deixam mulheres ainda mais vulneráveis a violências sexuais
A OMS alerta que guerras deixam mulheres ainda mais vulneráveis a violências sexuais
No Dia Internacional das Mulheres a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre os riscos da saúde da mulher em áreas de conflitos, como a guerra que acontece na Ucrânia. O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, comunicou que a história de guerras mostraram como adolescentes, mulheres com deficiência e idosas são vulneráveis a violência sexual. “Elas enfrentam um risco maior de sofrer ataques de pessoas fora de casa e de grupos armados, bem como violência por parceiro íntimo, abuso e exploração sexual“.
Ainda, com o sistema de saúde pressionado e sufocado pela guerra, o acesso aos cuidados da saúde feminina tem sido prejudicado. A OMS cita que, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), cerca de 80 mil mulheres entrarão em trabalho de parto nos próximos três meses, sem o acesso aos recursos maternos essenciais.
“As necessidades de saúde de mulheres e meninas, incluindo cuidados obstétricos de emergência, saúde materna, saúde reprodutiva e resposta à violência sexual e de gênero devem ser priorizadas”, destacou Kluge. Ainda, em meio ao cenário destrutivo da guerra, o diretor disse que irá buscar garantir recursos específicos para a saúde de mulheres e meninas, e que eles se incorporem em resposta à crise humanitária.
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Nesta terça-feira, 08, Hans Kluge disse que as mulheres são peças-chave para a construção de uma sociedade estável e pacífica, mas que em grande parte das negociações suas presenças são excluídas. O diretor também agradece a contribuição do grupo feminino à saúde pública. “Expresso meu profundo apreço por sua inestimável contribuição para a saúde e o bem-estar, hoje e todos os dias”.