Reino Unido registra casos de varíola dos macacos; Veja o que é a doença

Nesta segunda-feira, 16, o Reino Unido registou o número de sete infecções por uma doença viral considerada rara: a varíola dos macacos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as chances de uma grande transmissão da doença no país europeu parece ser baixa, mas o cenário é diferente na Nigéria, por exemplo. Desde 2017, o país africano já registrou 241 casos e 8 mortes. “Como a fonte de infecção na Nigéria não é conhecida, permanece o risco de transmissão contínua neste país”, disse a entidade.

Descoberta em 1958, a OMS explicou que os sintomas da varíola dos macacos são transmitidos pelo contato e exposição a gotículas. Outro risco é o contato com animais vivos ou mortos. Conforme autoridades de saúde do Reino Unido, grande parte dos casos foram observados entre pessoas da comunidade LGBTQIA+ e, por isso, há o alerta de que o grupo fique atento a erupções pelo corpo, principalmente na parte íntima.

SEGUNDO SERVIÇO DE SAÚDE BRITÂNICO, A RECUPERAÇÃO DA DOENÇA COSTUMA SER RÁPIDA

O NHS, sistema público de saúde britânico, disse que a recuperação dos pacientes infectados costuma acontecer em semanas. Conforme a OMS, apesar da presença de casos graves em algumas pessoas, a varíola dos macacos costuma ser autolimitada. Mas, quadros mais amenos não significam que há uma chance reduzida de contaminação. “Casos mais leves de varíola podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa”, explicou a OMS.

Febre, calafrios, dores de cabeça, nas costas e musculares são sintomas da doença, além de erupções cutâneas, gânglios linfáticos inchados e cansaço. “O reservatório animal permanece desconhecido, embora seja provável que esteja entre os roedores”, destaca a OMS.

+++ Por que a raiva humana pode ser fatal? Especialistas explicam

+++ Adenovírus: o que é o agente suspeito de causar surto de hepatite em crianças?

VACINA CONTRA VARÍOLA

Em 1980, a varíola foi considerada uma doença erradicada. Mas, embora existam vacinas contra a varíola em questão e a tradicional, nem todos os países possuem um acesso igualitário aos imunizantes. Ainda, a OMS adiciona que “populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50 anos não se beneficiam mais da proteção oferecida por programas anteriores de vacinação contra varíola”.