Licença por cólicas menstruais pode ser aprovada na Espanha; Entenda
Cólicas menstruais graves podem apresentar sintomas como dor de cabeça, diarreia e, até mesmo, febre
Cólicas menstruais graves podem apresentar sintomas como dor de cabeça, diarreia e, até mesmo, febre
Se tem algo que muitas mulheres sofrem durante a menstruação, são as incômodas cólicas. Enquanto algumas sequer sofrem com o sintoma – ou sente de maneira leve -, outras veem dias serem interrompidos pela dor. Uma pesquisa da Medinsight, com 156 entrevistadas com mais de 18 anos, analisou que 65% das mulheres participantes relataram sofrer com dismenorréia primária – tipo de cólica menstrual que afeta mulheres sem doenças no útero.
A cólica menstrual é o tema de um projeto de lei que está em processo na Espanha que chama a atenção para a saúde da mulher. Ao site El Periódico, a Secretária de Estado para a Igualdade, Ángela Rodríguez, explicou que a ação engloba mulheres que sofrem com um quadro agravado de cólica, com sintomas como dor de cabeça, diarreia e, até mesmo, febre. “Os direitos relacionados à saúde menstrual nunca foram discutidos e os dados são assustadores”, enfatizou Rodríguez.
Uma pesquisa realizada no Japão, por exemplo, mostra que além do sofrimento do com a dor no período menstrual, as mulheres enfrentam barreiras para tirarem dias de folga do trabalho nessas fases. 48% das mulheres não fazem o pedido por medo de um gestor homem ou por não ter muitas mulheres que fazem a solicitação.
“Quando há uma doença que acarrete estes sintomas, é concedida uma incapacidade temporária, portanto, o mesmo deve acontecer com a menstruação. E existe a possibilidade de que se uma mulher tiver um período menstrual muito doloroso, ela possa ficar em casa”, disse Ángela Rodríguez.
+++ Menstruação desregulada pode estar associada a doença no fígado
Ainda não há muitos detalhes sobre os dias que as mulheres na Espanha teriam o direito de tirar, mas o projeto prevê que esse período de afastamento não deve ser resposto pela funcionária. “Estamos avançando para que não seja mais normal ir trabalhar com dor e acabar com o estigma, a vergonha e o silêncio em torno da menstruação. Avançamos em direitos”, escreveu em seu Twitter Irene Montero, do Ministério da Igualdade.
Avanzamos para que ya no sea normal ir al trabajo con dolor y para acabar con el estigma, la vergüenza y el silencio en torno a la regla. Avanzamos en derechos.
— Irene Montero (@IreneMontero) May 13, 2022