Tricologista explica porque queda de cabelo ocorre durante tratamento contra câncer, além de indicar métodos de prevenção e cuidados com os novos fios
Quando falamos em tratamento de diferentes tipos de câncer, uma de suas principais características é a queda de cabelo, que pode afetar não só abalar o emocional e o psicológico, como também a autoestima. A perda dos fios acontece pela danificação e a lesão dos folículos pilosos responsáveis pelo crescimento do cabelo, durante a quimio ou radioterapia.
“A radioterapia consegue atacar de uma forma rápida as células que estão em crescimento em seu corpo, afetando apenas a área específica onde o tratamento está concentrado. Então se ele for na cabeça, as chances de você perder o cabelo são altíssimas”, explica a tricologista Lidi Bastos. “Já a quimioterapia é um tipo de tratamento que causa essa perda generalizada, sem ser somente no local que recebe o procedimento”.
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A especialista, então, comenta o uso de toucas de resfriamento. Já utilizadas por Simony, por exemplo, elas auxiliam na prevenção da perda de fios durante a quimioterapia. Sua colocação no couro cabeludo, portanto, acontece alguns minutos antes de cada sessão iniciar, e fica ligada a uma serpentina que sai de uma caixa de resfriamento, fazendo com que o couro cabeludo se mantenha em torno de 11 °C.
“Essa técnica, ao utilizar a baixa temperatura, em torno de 4 °C, proporciona uma vasoconstrição no local, isso dificulta que as drogas usadas no tratamento de câncer penetrem e danifiquem o folículo capilar, assim a perda dos fios pode ser bem menor do que o normal. O paciente pode ficar com essa touca de resfriamento por toda a sessão”, revela.
Lidi, além disso, pontua que, caso não utilize a touca de resfriamento, a perda dos fios já pode surgir a partir da primeira sessão, também sendo comum a perda de mechas a partir do 16º dia.
Outra dúvida comum durante o tratamento de câncer de mama, é sobre a volta do crescimento dos fios. Segundo a especialista, o crescimento pode retomar logo após o fim do ciclo terapêutico. No entanto, é comum que esses novos fios nasçam com algumas falhas, que podem ser corrigidas naturalmente ao longo do tempo.
“Muitas pacientes se deparam com um novo cabelo após finalizar o tratamento contra o câncer, o que é normal, a radioterapia e a quimioterapia podem alterar a cor e a textura dos fios”, aponta a tricologista. “O folículo piloso, região responsável por controlar o tom, a espessura e a simetria da fibra capilar, é super afetado pela terapia, causando essa mudança. Isso pode acontecer, principalmente, logo no começo do pós-tratamento”.
Por fim, Lidi Bastos aconselha que não faça nenhum tipo de procedimento químico, como progressiva, pintura e descoloração dos fios, logo após realizar tratamento. Isso porque o cabelo está fragilizado, podendo retardar o processo de crescimento. “Para quem busca mudar o visual de forma imediata, o mais recomendado é utilizar mega hair ou perucas”, finaliza.
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