Outubro Rosa chegou: Tudo o que você precisa saber sobre mamografia
Mamografia é um dos exames mais importantes no diagnóstico precoce do câncer de mama, ainda mais destacado nesse mês de prevenção; saiba tudo sobre o procedimento!
Mamografia é um dos exames mais importantes no diagnóstico precoce do câncer de mama, ainda mais destacado nesse mês de prevenção; saiba tudo sobre o procedimento!
Outubro está chegando e com ele a Campanha de Prevenção do Câncer de Mama, mais conhecida como Outubro Rosa. Um dos principais pontos destacados, principalmente durante esse período, é a importância da mamografia regular para um diagnóstico precoce da doença.
Afinal, é a partir do diagnóstico precoce que se torna possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer de mama avance. Diversos estudos, por exemplo, mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%. “Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura”, comenta Dr. Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.
Por isso, o profissional lista tudo que você precisa saber sobre um dos exames mais importantes para o diagnóstico precoce do câncer de mama: a mamografia.
Em um mamógrafo, a mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá para a paciente prender a respiração por alguns segundos. “Em média, o exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo”, então, destaca o oncologista.
Recomendada acima dos 40 anos, o exame pode ser realizado anualmente para a detecção precoce do câncer de mama. Já entre os 50 e 69 anos, segundo o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença.
Além disso, quando o procedimento é realizado fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, ele pode ser indicado para complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.
Segundo o Dr. Daniel Gimenes, o exame pode trazer alguns riscos quando feito antes dos 40 anos. Além disso, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres abaixo da faixa etária é raro – representando apenas cerca de 10% dos casos. “Por causa de uma maior densidade da mama, o exame pode trazer falsos negativos. Além disso, realizar a mamografia antes dos 40 anos expõe a mulher a uma radiação que não é necessária naquele momento”, explica.
O exame pode causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a dor seja passageira. “Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é realizar a mamografia fora do período menstrual, pois neste momento a mama está mais sensível”, recomenda.
Sim! A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. “O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund – que consiste em afastar o silicone para não haver distorção dos resultados”, portanto, comenta Daniel.
Contraindica-se o exame apenas na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações.
Também não! O exame não é recomendado caso a mulher esteja amamentando. Em situações como essa, o médico poderá solicitar outros exames de rastreamento que não sejam prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.
O exame em si não necessita de muitos preparos, mas, como já explicou o oncologista, recomenda-se que a mulher faça o agendamento da mamografia alguns dias após a menstruação para evitar dores. Além disso, é necessário evitar o uso de hidratantes, desodorantes e outras substâncias nas mamas e axilas, pois podem interferir no resultado do exame.
Não! No caso do autoexame, ele auxilia na detecção de nódulos palpáveis, mas não substitui a realização da mamografia. “Por isso, caso note sintomas como: alterações de formato, da pele ou tamanho das mamas, procure um médico o quanto antes para avaliação e diagnóstico correto”, alerta o Dr. Daniel Gimenes.
Sim, pode. Devido o aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a vacina, podem interpretar a situação erroneamente como um sinal de câncer de mama – uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19.
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