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Problemas intestinais e Alzheimer possuem ligação genética, diz estudo

Pesquisadores destacaram como problemas intestinais e Alzheimer possuem uma relação genética, além de influência relacionada ao colesterol

Problemas intestinais e Alzheimer possuem ligação genética, diz estudo
Problemas intestinais e Alzheimer possuem ligação genética, diz estudo – Pexels/Anna Shvets e Pixabay/Elionas2

Problemas intestinais e Alzheimer estão ligados de forma genética. É o que constata um estudo publicado na revista científica Communications Biology, em que os pesquisadores destacam a motivação da análise com base no fenômeno intestino-cérebro. No Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas sofrem com demência, e grande parte desses pacientes são acometidos por Alzheimer.

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PESQUISADORES OBSERVARAM GENES EM COMUM EM PACIENTES COM PROBLEMAS INTESTINAIS E ALZHEIMER

Na análise, os pesquisadores observaram genes em comum em pacientes com Alzheimer e condições intestinais. “Os achados revelam uma sobreposição genética significativa positiva e correlação entre DA e doença do refluxo gastroesofágico, úlcera péptica, gastrite-duodenite, síndrome do intestino irritável e diverticulose”, destacaram os cientistas, em artigo.

Doença inflamatória intestinal não foi relacionada. Outro ponto é que o colesterol pode estar relacionado com as condições, com taxas anormais de lipídeo. “Nossas descobertas fornecem insights genéticos sobre a relação intestino-cérebro, implicando suscetibilidade genética compartilhada, mas não causal”, pontuaram os pesquisadores.

Conforme análise de um estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Queensland, na Austrália, até 2050 os casos de Alzheimer entre os brasileiros podem quadruplicar. As observações foram destacadas na Revista Brasileira de Epidemiologia.

Em comunicado, o líder da pesquisa divulgada na Communications Biology, Emmanuel Adewuyi, os resultados do estudo podem abrir novos caminhos para o tratamento tanto de Alzheimer quanto de problemas intestinais. “Isso melhora nossa compreensão das causas dessas condições e identifica novos alvos a serem investigados para detectar potencialmente a doença mais cedo e desenvolver novos tratamentos para ambos os tipos de condições”.

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