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Como descansar o cérebro de verdade nas férias? Neurologista ensina

Com dias corridos e estressantes, qualquer momento para descansar o cérebro é um alívio, mas muitas vezes esse descanso não é de qualidade; saiba como desacelerar a mente de verdade durante as férias

Como descansar o cérebro de verdade nas férias? Neurologista ensina
Como descansar o cérebro de verdade nas férias? Neurologista ensina

Mesmo a mente sendo naturalmente programada para se distrair, pensar demais é um problema muito comum. Não se permitir DESCANSAR, é uma questão difícil que grande parte da população mundial enfrenta. Não é à toa que as práticas orientais cresceram muito durante a pandemia, quando as pessoas se recorreram a elas para conseguirem acalmar a mente.

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Sendo assim, já que para cultivar o ócio e o descanso — uma façanha necessária para a boa saúde mental e física – é preciso esforço e mudança de hábitos, conversamos com um especialista no assunto, o Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP, para que ele reunisse algumas táticas importantes.

Como descansar o cérebro de verdade nas férias?

“É comum ler por aí na maioria dos livros de autoajuda e orientações para eliminar os pensamentos negativos e aumentar os positivos. Esse é um ótimo conselho, mas na prática, quando se usa demais o cérebro, positiva ou negativamente, ele pode ficar esgotado e então, dá-se o cenário perfeito para o fracasso mental, para o pensamento desordenado, confuso e desesperado”, explica o médico.

Pensar em tudo, ao mesmo tempo, continuamente, é sinônimo de não viver no presente. A única maneira de parar de se identificar com todos os pensamentos é parar de segui-los, descansando o cérebro para conseguir uma reprogramação mental essencial para o bom funcionamento das funções vitais.

Desligue-se, por um tempo, da tecnologia

Mas, na prática, o primeiro passo é se desligar da tecnologia. O médico reforça que mesmo que pareça bem difícil, é necessário se forçar.

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Nos últimos anos, as pesquisas têm conseguido demonstrar que isso, de fato, acontece. A alta demanda da tecnologia consegue inibir o funcionamento de regiões específicas do cérebro, assim, o córtex pré-frontal determina no que você vai prestar atenção e transmite essa informação para regiões mais profundas do órgão, como os gânglios da base e tálamo, que então fecham as barreiras para os estímulos concorrentes — essa é uma porta aberta para distração e para o pensamento inoportuno.

“Quando o desligamento acontece, o cérebro abaixa a guarda e então diminui a barreira para estímulos concorrentes, permitindo o monitoramento do ambiente, o olhar para dentro de si mesmo e o tão importante descanso e cultivo do ócio”, fala Dr. Fernando.

Contato com a natureza

A neurociência já mostrou que o ócio cerebral provocado pelo contato com ambientes naturais pode melhorar o humor e a memória, além de diminuir o estresse e as chances de desenvolver doenças como a depressão e a ansiedade — outros grandes problemas desta era. Para então desligar a massa cinzenta, o neuro deixa algumas dicas:

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Desligar os alertas de celular, deixar de acompanhar redes sociais, checar emails mensagens e colocar o telefone no modo avião;

Buscar atividades que ajudem a distrair o pensamento como: regar uma planta, cozinhar ou ler um livro;

Obrigue-se a experimentar a calma, a tranquilidade, o silêncio e respirar o ar puro;

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