Publicidade

Médico é preso por suspeita de manter paciente em cárcere privado

Família da paciente que estava em cárcere privado chegou a relatar que falha de procedimento cirúrgico causou necrose na barriga da mulher

Médico é preso por suspeita de manter paciente em cárcere privado
Médico é preso por suspeita de manter paciente em cárcere privado – Instagram/RODNAE Productions

Após um procedimento estético realizado na região da barriga, uma paciente, que não teve o nome revelado, ficou em estado de cárcere privado em um hospital no Rio de Janeiro. Conforme o G1, Bolívar Guerrero Silva, cirurgião plástico, foi preso na segunda-feira, 18, por suspeita de manter a paciente na unidade de saúde.

Publicidade

PACIENTE FOI MANTIDA EM CÁRCERE PRIVADO APÓS FALHA NO PROCEDIMENTO

A paciente foi submetida a uma cirurgia chamada abdominoplastia – retirada de pele e gordura na área abdominal -, mas houve falhas no procedimento. A cirurgia foi realizada em março e, desde então, a família enfrentava dificuldades para transferi-la. O caso foi relatado à Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (Deam-Caxias), em que os policiais prenderam Bolívar Guerrero Silva e resgataram a paciente.

“Doutora, pelo amor de Deus, me tira daqui”: esse foi o apelo da paciente durante a visita dos agentes à unidade, conforme relatou ao jornal Globo a delegada responsável pelo caso, Fernanda Fernandes. “Esse apelo fez com que a gente se preocupasse. Além disso, o que chamou a atenção foi a negativa da unidade em fornecer o prontuário médico”, informou a delegada. Após o procedimento, familiares chegaram a afirmar que a barriga da paciente estava até mesmo em estado de necrose.

Em nota nas redes sociais, a equipe do médico nega que Bolívar estava mantendo a paciente em cárcere privado. “O Dr. Bolivar foi prestar um depoimento na delegacia. Ele não estava mantendo paciente nenhuma em cárcere privado. Ela estava fazendo curativo e sendo assistida no hospital dele por ele. Porém ela queria ser liberada sem ter terminado o tratamento e ele como médico seria imprudente de liberá-la. Ele disse que poderia liberá-la se ela assinasse a alta à revelia (documento ao qual a paciente se responsabiliza por qualquer coisa que acontecer após sua liberação) e ela não quis assinar. Ele disse que liberaria somente se ela assinasse. Como ela não assinou ele não liberava. O intuito dele é prestar toda assistência a paciente até ela está recuperada”.

Publicidade