Na hora da morte, cérebro traz lembranças da vida, conforme estudo

Pesquisadores observaram oscilações no cérebro de paciente que entrou em óbito que podem ser referentes a lembranças da vida

Estudo aponta que lembranças da vida são relembradas quando uma pessoa está prestes a morrer – Pexels/Rodolfo Clix

Quantas cenas de filmes você já deve ter visto em que quando um personagem está prestes a morrer, memórias dos momentos de sua vida são passadas na tela? Um estudo científico publicado na Frontiers in Aging Neuroscience nesta terça-feira, 22, buscou entender se isso também acontece na vida real. 

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Em meio a realização de uma eletroencefalografia (EEG) em um homem de 87 anos com epilepsia, o paciente sofreu um ataque cardíaco e não sobreviveu. No entanto, os profissionais perceberam uma atividade cerebral 30 segundos antes e depois da parada dos batimentos do coração do paciente. Os cientistas observaram mudanças de ondas cerebrais durante o óbito do idoso

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“Esses achados desafiam nossa compreensão de quando exatamente a vida termina e geram importantes questões subsequentes, como aquelas relacionadas ao momento da doação de órgãos”, disse o coautor da pesquisa e neurocirurgião da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, Ajmal Zemmar

Em comunicado, o pesquisador explicou o que a equipe analisou: “Pouco antes e depois que o coração parou de funcionar, vimos mudanças em uma faixa específica de oscilações neurais, as chamadas oscilações gama, mas também em outras, como oscilações delta, teta, alfa e beta”.

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PESQUISADOR APONTA POSSIBILIDADE DE CÉREBRO TRAZER LEMBRANÇAS DA VIDA QUANDO UMA PESSOAS ESTÁ PRESTES A MORRER 

O neurocirurgião Ajmal Zemmar mostra que há possibilidade do cérebro trazer lembranças da vida de uma pessoa quando ela está em seus momentos finais. “Ao gerar oscilações envolvidas na recuperação da memória, o cérebro pode estar reproduzindo uma última recordação de eventos importantes da vida pouco antes de morrermos, semelhantes aos relatados em experiências de quase morte”. No estudo, os pesquisadores defendem que “o cérebro humano pode possuir a capacidade de gerar atividade coordenada durante o período próximo de morte”.

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