Estudo explica se varíola dos macacos é transmitida em contato com superfícies
Cientistas realizaram um teste com pacientes infectados para entenderem as chances de infecção após contato com superfícies
Cientistas realizaram um teste com pacientes infectados para entenderem as chances de infecção após contato com superfícies
Em menos de um mês desde o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil, o país já registrou mais de 100 diagnósticos da doença. Em meio a esse novo surto, cientistas buscam entender como a enfermidade se comporta como, por exemplo, a contaminação. Foi nesse sentido que pesquisadores alemães realizaram um estudo sobre se o contato com superfícies provoca infecções.
Em comunicado, publicado no dia 01 de julho, os cientistas destacam que casos de contaminação por superfícies em ambientes ainda são raros. Para chegarem a esse resultado, os pesquisadores realizaram um teste com pacientes infectados que tocaram regiões como alavancas, lavatórios, sanitários e, até mesmo, toalhas e fronhas.
A partir disso, foi sim detectada uma contaminação viral nessas áreas. Mas, o que os cientistas analisaram é que para uma infecção, seria preciso uma dose maior de vírus da varíola dos macacos – responsável pelo atual surto – do que o vírus só da varíola.
“Apesar da alta contaminação, bem como a recuperação bem-sucedida do vírus da varíola dos macacos, nossos achados não provam que a infecção possa ocorrer a partir do contato com essas superfícies”, destacaram os pesquisadores. Ainda, eles relataram que uma detecção viral por PCR “não pode ser equiparada a vírus infecciosos”.
Ainda é preciso estudos mais aprofundados para respostas mais conclusivas, e mesmo com os achados, os pesquisadores ressaltam a importância da higienização dos ambientes. “A desinfecção regular dos pontos de contato frequentes das mãos e da pele durante os processos de atendimento, além da limpeza regular da sala e da desinfecção de superfícies, usando produtos com pelo menos atividade virucida contra vírus envelopados, pode reduzir o vírus infeccioso nas superfícies e, assim, arriscar de transmissão nosocomial”.