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Como “música chiclete” é capaz de estimular vícios? Veja o que diz neurocientista

Conforme especialista, a música em excesso pode atuar no funcionamento cerebral como um desencadeador de vícios

Música em excesso pode desencadear vícios
Música em excesso pode desencadear vícios – Unsplash/insung yoon

Aquela chamada “música chiclete” que não sai da sua cabeça e que você não consegue evitar ouvir muitas vezes ou várias vezes ao dia pode estar estimulando alterações químicas no seu organismo e favorecendo a formação de vícios. O PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, explica como isso pode acontecer:

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O cérebro, ao realizar atividades prazerosas, libera um neurotransmissor chamado dopamina, que atua no sistema nervoso, responsável pela sensação de bem-estar e prazer. Quando essa substância é liberada recorrentemente conforme o indivíduo repete determinadas ações, a pessoa começa a ter esse comportamento constantemente para sentir as sensações geradas pela dopamina.

A ciência já conhece a influência da música no cérebro, utilizando-a em alguns tipos de tratamentos, como a musicoterapia, que aplica a música para realizar tratamentos complementares, sendo utilizada no tratamento de autismo e estimulando o aprendizado de crianças. Entretanto, a música em excesso pode atuar no funcionamento cerebral como um desencadeador de vícios.

COMO MÚSICA EM EXCESSO PODE ESTIMULAR VÍCIOS?

Imagine um jovem que passa o dia nas redes sociais e que também passa parte do dia escutando música? Estamos falando do sistema de recompensa constantemente acionado, moldando o cérebro para esta condição. Condição do vício. Como há semânticas em nosso organismo, uma pessoa com gene facilitador para o vício, pode encontrar neste comportamento um gatilho para outros tipos de vício.

Ou seja, um vício que leva a outro vício. O vício por si só já é um problema desencadeador de outros problemas maiores. Nosso organismo precisa estar em equilíbrio para uma melhor saúde mental e física.

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Sobre Dr. Fabiano de Abreu

Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.

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