Bárbara Evans toma remédio para ansiedade na gravidez. Como essas medicações funcionam na gestação?
Bárbara Evans está grávida de sua primeira filha e iniciou tratamento contra ansiedade. Especialista explica como medicações para transtornos são indicadas na fase gestacional
Aos 30 anos, Bárbara Evans está grávida de sua primeira filha com Gustavo Theodoro. Nesta quarta-feira, 12, a futura mãe da pequena Ayla revelou, em story no seu Instagram, que iniciou medicação para o tratamento de ansiedade. “Eu não tomava, comecei a tomar agora, tem 15 dias. Eu e minha médica, juntas, tomamos essa decisão por várias situações que passei, e ela achou válido eu começar a usar”.
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Mas, como os remédios para tratar a ansiedade e outros transtornos psicológicos são indicados para mulheres grávidas? De acordo com a ginecologista Dra. Débora Oriá, há medicações leves para esses casos que são liberadas para gestantes, em que os efeitos colaterais são menores, além de medicamentos naturais e fitoterápicos.
Ainda em seu relato, a modelo Bárbara Evans comentou sobre a sua medicação: “É um medicamento bem leve que, obviamente, grávida pode usar”. A Dra. Débora destaca que existem medicações seguras que podem ser usadas neste período, sempre conversando com um médico.
GRÁVIDAS QUE JÁ UTILIZAVAM MEDICAMENTOS PARA TRATAMENTO PSICOLÓGICO
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Antes mesmo da pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como o país mais ansioso do mundo. Quando uma mulher que já trata a condição com medicamentos engravida, pode haver dúvidas sobre a utilização dos remédios. “Para pacientes que já vem fazendo uso de medicação, é conversado com o psiquiatra a suspensão ou substituição dessa medicação”, diz a ginecologista.
A médica ressalta que não necessariamente determinado remédio irá provocar uma má formação ou alteração na gravidez. A saúde mental da paciente também é muito avaliada. “Um agravamento de um transtorno psiquiátrico pode ser muito mais grave do que uma potencial alteração que o medicamento pode vir a causar”, diz a Dra. Débora.
Na investigação é considerado o risco e o benefício tanto da manutenção do medicamento quanto de sua suspensão, conforme afirma a ginecologista. “As medicações têm classificações entre A, B ,C, D e X. Então, o X, que é a medicação teratogênica, a gente não usa de modo algum. Mas, as medicações classes C, e até classe D, fazemos uma análise junto com o psiquiatra para ver o que a paciente realmente precisa tomar. Obviamente busca-se medicações classe B e A”, explica.
BÁRBARA EVANS SOFRE ATAQUES SOBRE SEU CORPO: COMO ISSO PODE AFETAR O PSICOLÓGICO DE MULHERES GRÁVIDAS?
Em um de seus posts no Instagram, Bárbara Evans fez um desabafo sobre como vem sofrendo julgamentos sobre o seu corpo, com a gestação. “Venho recebendo muitos ataques por conta do meu ganho de peso, peço encarecidamente que me deixem curtir a minha gravidez”.
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Devido a comentários desrespeitosos, a modelo diz que não está apreciando totalmente essa fase. “O que mais me choca é estar passando pelo momento mais LINDO da minha vida e não consigo aproveitar 100%, por conta dos ataques que venho recebendo. Isso que tenho uma cabeça boa. Fico pensando nas gravidinhas que não tem. Não façam brincadeirinhas que não gostariam que fizessem com vocês, GRAVIDEZ não é fácil”, escreveu Bárbara.
De acordo com a ginecologista Dra. Débora Oriá, situações como essa podem abalar o psicológico de uma gestante. “Tudo o que causa estresse, exposição excessiva da paciente, pitacos alheios e pessoas não desejando o bem dessa gestante pode ser um fator de estresse desencadeante de uma crise de ansiedade ou de uma crise de depressão”.
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Em seu story, Bárbara Evans comenta que a medicação para tratar a ansiedade pode ajudá-la no momento após o parto. A Dra. Débora lembra que a fase em que mais surgem quadros depressivos é no puerpério. “Existem diversas medicações, tratamento, psicoterapia para ser feita se surgir algum transtorno psiquiátrico na paciente, tanto na gestação quanto no puerpério”, completa.
Sobre a fonte:
A Dra. Débora Oriá (CRM: 158985) é formada em medicina pela Universidade Federal do Ceará. Realizou residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia na Universidade de São Paulo – USP. Se especializou em Cirurgia Ginecologia e Uroginecologia no Hospital das Clínicas – USP.
Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, coordenadora do programa Fellowship em Cirurgia Ginecologia Minimamente Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista.
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