Na última quarta-feira, 06 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a decisão de proibir a venda de cigarros eletrônicos no Brasil. Segundo relatório técnico, a decisão mantém proibida a comercialização de qualquer dispositivo eletrônico para fumar.
Atualmente conhecidos como os populares ‘vapes’, os produtos, apesar da proibição, são comercializados facilmente no comércio popular ou pela internet. Por isso, a Anvisa pretende aumentar a fiscalização e campanhas educativas.
Mesmo proibido pela Anvisa, cigarros eletrônicos causam problemas na voz, pulmão e coração
De acordo com o relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), só no Brasil, 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos utilizam cigarro eletrônico.
Segundo a otorrino da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Dra. Maura Neves, por conter substâncias inflamatórias, o uso do cigarro eletrônico causa irritação na via respiratória. Além disso, o calor também é um fator irritante para o organismo, que afeta regiões como lábios, língua, pulmões, bem como garganta e cordas vocais. Além disso, ele pode causar infarto e síndrome coronariana aguda.
Por isso, especialistas apontam que, diferente do que se acredita, os cigarros eletrônicos são tão maléficos à saúde como os tradicionais. Recentemente, Lucas Viana, Zé Neto, Doja Cat, Solange Almeida, entre outros famosos, relataram problemas provocados pelos ‘vapes’.