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Fiocruz orienta utilizar ‘monkeypox’ para se referir à varíola

A Fiocruz explica como primatas não têm relação com a dinâmica de animais reservatórios do vírus monkeypox

OMS declara monkeypox como emergência de saúde global
OMS declara monkeypox como emergência de saúde global – Freepik

A nova onda de varíola pelo mundo tem causado não só infecções ao redor do mundo, mas também estigmas e preconceitos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já chegou a sinalizar a possibilidade de uma reunião para alterar o nome da doença. Enquanto a organização ainda não define um novo termo, no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) orientou, na segunda-feira, 11, a utilização do nome monkeypox – como já é chamada em diversos países.

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FIOCRUZ FALA COMO SURTO DE VARÍOLA NÃO TEM RELAÇÃO COM PRIMATAS

A necessidade de um nova nomenclatura que deve ser definida pela OMS e a utilização da palavra monkeypox, ao invés de varíola dos macacos, no Brasil, também vale para evitar maus tratos contra animais. A Fiocruz explicou que ainda não se sabe quais são as espécies reservatórias do vírus MPXV, mas que cientistas chegaram a verificar que macacos não faziam parte da dinâmica de animais reservatórios, o que significa que eles são infectados da mesma forma que outros mamíferos.

A Fiocruz também utilizou a covid-19 e a influenza A H1N1 como exemplos de doenças que tiveram suas nomenclaturas alteradas para retirar associações com países e animais – maneira de evitar preconceitos. Cientistas ao redor do mundo continuam manifestando a necessidade de alterar o termo da doença que está provocando uma nova onda de varíola.

“O nome monkeypox também é utilizado na Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Todo esse movimento tem o intuito de se evitar desvio dos focos de vigilância e má ações contra os animais”, disse a vice-diretora de Serviços de Referência, Coleções Biológicas e Ambulatórios do Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Maria de Lourdes Oliveira.

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