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Vacina contra Ebola tem longa duração da resposta de anticorpos; Com seis meses, a taxa de imunização é de 95,6%

O estudo foi feito com uma vacina contra Ebola de dose única, aplicada em província da República Democrática do Congo

Estudo sobre vacina contra Ebola – Pexels/Miguel Á. Padriñán

Febre, fraqueza muscular, fortes dores de cabeça, na garganta, nas articulações e calafrios: esses são os sintomas do vírus Ebola. Em 2014, a África Ocidental sofreu um dos surtos mais graves da doença, em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a enfermidade como uma das maiores epidemias de febre hemorrágica. Ainda, conforme a OMS, o vírus apresenta uma taxa de mortalidade de 50%, podendo chegar a 90%.

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A doença é gravíssima e, por isso, a vacina contra o Ebola é tão importante. E foi justamente esse o ponto de pesquisa de cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, juntamente com o Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica da República Democrática do Congo. 

No estudo publicado nesta terça-feira, 08, no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores analisaram o tempo da resposta imune do imunizante de dose única rVSVΔG-ZEBOV-GP contra Ebola. A vacina foi aplicada em 608 pessoas entre agosto e setembro de 2018, durante um surto da doença na província congolesa Kivu do Norte. 

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VACINA CONTRA EBOLA MOSTRA LONGA RESPOSTA IMUNE

Com a coleta de amostras sanguíneas, os pesquisadores analisaram uma alta taxa da resposta de anticorpos da vacina em apenas 21 dias: 87,2%. Com seis meses, a resposta imune teve um aumento, indicando uma duração persistente do imunizante no organismo. Nesse período, a taxa de anticorpos subiu para 95,6%

“Essa observação provavelmente é resultado da resposta da vacina, mas também potencialmente é um produto natural da exposição das nossas amostras, já que o surto estava continuando durante o período estudado”, destacaram os pesquisadores. 

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