A OMS alerta a falta de serviços adequados, efetivos e acessíveis para os pacientes que sofrem com transtornos mentais
O cenário de transtornos mentais tem ficado cada vez mais preocupante, juntamente com a falta de serviços necessários e adequados tanto para o tratamento quanto para a prevenção de problemas de saúde mental. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira, 17, aponta que mesmo antes da pandemia de covid-19 poucas pessoas tinham acesso a cuidados eficazes.
A psicose, por exemplo, é um quadro onde o paciente não sabe diferenciar o que é verdade e o que é criado em sua mente, já que o contato com a realidade é perdida. De acordo com a OMS, 71% das pessoas do mundo que sofrem com um quadro de psicose não recebem tratamentos de saúde mental.
Com os casos de depressão, a entidade cita uma lacuna de um atendimento eficaz e de qualidade até mesmo em países mais ricos, já que apenas um terço dos pacientes dessas regiões recebem os cuidados adequados. “Estima-se que o tratamento minimamente adequado para depressão varie de 23% em países de renda baixa para 3% em países de renda baixa e média-baixa“, diz o artigo.
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Em meio à falta de atenção com a saúde mental da população, além dos estigmas que ainda persistem, mais 1 pessoa em cada 100 mortes tiraram a própria vida. Ainda, 58% dos suicídios ocorreram abaixo dos 50 anos. Um outro alerta da OMS é que transtornos mentais graves podem provocar a morte de uma pessoa 10 a 20 anos mais cedo do que a população geral, e isso por conta de doenças físicas que são evitáveis.
“A vida de todos toca alguém com uma condição de saúde mental. Boa saúde mental se traduz em boa saúde física“, ressaltou, em comunicado o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhores para todos”.
