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Transtorno depressivo persistente: o que é e como identificar?

Sintomas do transtorno podem fazer com que a condição seja confundida com mau humor constante e outros tipos de depressão, dificultando o diagnóstico correto

Psicóloga fala de quadro mais grave da depressão – Freepik/jcomp

Desesperança, dificuldade de concentração, mau humor, baixa autoestima, aumento de cansaço e irritabilidade. Os sintomas são característicos de um quadro de transtorno depressivo maior, tipo de depressão que impacta a maioria dos pacientes, mas podem indicar outro problema: o transtorno depressivo persistente

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta atualmente quase 12 milhões de brasileiros, número equivalente a 5,8% da população. Mesmo que a condição médica seja comum e crescente não só no Brasil, mas em todo o mundo, é preciso saber que há diferentes classes de depressão e, entre os tipos menos comuns e conhecidos pelas pessoas, está o transtorno depressivo persistente.

Esse transtorno é uma depressão crônica e a pessoa pode permanecer com o problema por anos até ir ao médico. “É considerado mais grave, uma vez que pacientes com depressão persistente apresentam maiores taxas de comorbidade com outros transtornos mentais, são menos responsivos ao tratamento e mostram mais lentidão na melhora ao longo do tempo, afirma a psicóloga Camila Puertas, pós-graduada em psicoterapia e mestranda na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

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Para a psicóloga, a proximidade dos sintomas com outros tipos de depressão e a dificuldade de reconhecê-la por achar que os sinais estão relacionados à personalidade, são obstáculos para diagnosticar e tratar o transtorno. “Frequentemente confundido com um mau humor crônico, essa depressão traz sérios impactos psicológicos e sociais para a vida da pessoa, acrescenta ela.

“O transtorno é definido como humor deprimido e contínua por pelo menos dois anos, durante os quais o paciente não pode se ver livre de sintomas por mais de dois meses”, diz Puertas.

TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE: CAUSA E TRATAMENTO

A causa desse tipo de depressão ainda é desconhecida, porém, estudos apontam para fatores bioquímicos, genéticos e ambientais semelhantes ao transtorno depressivo maior, como alterações anatômicas no cérebro, predisposição familiar e situações adversas que incluem momentos de estresse, problemas financeiros, acidentes, entre outros. 

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Puertas destaca que o primeiro passo para o tratamento consiste em procurar um especialista e fazer um diagnóstico preciso. “Com base na gravidade dos sintomas, perfil do paciente, tratamentos anteriores, problemas emocionais associados, estilo de vida, entre outras características, o profissional poderá indicar o tratamento mais adequado”, afirma. 

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