Tenho histórico familiar de câncer. E agora?

Estudos indicam que cerca de 40% dos casos de câncer são relacionados a fatores de estilo de vida que podem ser modificados. Portanto, é possível adotar medidas preventivas para reduzir o risco

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Compreendendo o câncer: histórico familiar e genética – depositphotos.com / ArturVerkhovetskiy

Ter um histórico familiar de câncer pode aumentar a preocupação sobre o risco de desenvolver a doença. No entanto, a presença de casos na família não significa que o câncer seja inevitável. Estudos indicam que cerca de 40% dos casos de câncer são relacionados a fatores de estilo de vida que podem ser modificados. Portanto, é possível adotar medidas preventivas para reduzir o risco.

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Histórico familiar e risco de câncer

Primeiramente, é preciso  reunir informações detalhadas sobre o histórico familiar de câncer. Isso inclui saber quais parentes tiveram a doença, os tipos de câncer diagnosticados e a idade em que ocorreu o diagnóstico. Essa coleta de dados pode ajudar a identificar padrões genéticos e a necessidade de testes genéticos específicos.

Assim, alterações genéticas herdadas podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença, especialmente se parentes de primeiro ou segundo grau receberam o diagnóstico. A idade  também é relevante. Portanto, diagnósticos em idades mais jovens, especialmente antes dos 50 anos, podem indicar uma predisposição genética.

Certos tipos de câncer, como o de mama, ovário e colorretal, podem estar ligados a alterações genéticas. Identificar esses padrões pode ser crucial para a prevenção e detecção precoce.

Os testes genéticos podem ser uma ferramenta valiosa para identificar estas alterações que aumentam o risco de desenvolver a doença. Um médico pode encaminhar o paciente a um especialista em genética, que avaliará a necessidade de testes específicos. Se o médico identificar alterações genéticas, o paciente deve procurar um especialista. Ele pode sugerir exames de detecção precoce mais frequentes ou até mesmo procedimentos preventivos. A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido.

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Estilo de vida e genética

Dessa forma, é preciso entender que fatores de estilo de vida desempenham um papel significativo.Modificar hábitos nocivos à saúde pode reduzir o risco da doença. Não fumar é uma das medidas mais eficazes, já que o tabagismo está fortemente associado a vários tipos de câncer, especialmente o de pulmão.

Por fim, manter um peso saudável também é importante, pois o excesso de peso está ligado a pelo menos 13 tipos de cânceres. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes e grãos integrais, aliada à prática regular de exercícios, pode ajudar a reduzir o risco.

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