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Taxa média de amputações no Brasil aumentou durante a pandemia, aponta levantamento

Segundo levantamento, amputações e/ou desarticulações aumentaram durante os anos pandêmicos e médico alerta sobre os principais causadores dessa alta

Segundo levantamento, amputações e/ou desarticulações aumentaram durante os anos pandêmicos e médico alerta os principais causadores dessa alta
Taxa média de amputações no Brasil aumentou durante a pandemia – Freepik

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) divulgou um estudo que indica que pelo menos 3 pessoas sofrem amputações de pernas ou pés, a cada hora, no Brasil.

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O levantamento analisou dados de 2012 a 2021 e buscou entender esse número. Segundo eles, a alta no número de amputações de pés e pernas é consequência, principalmente, da pandemia de covid-19, que dificultou o acesso às consultas de rotinas e diagnósticos precoces.

Antes de 2020, cerca de 75,64 amputações e/ou desarticulações aconteciam por dia; depois do vírus, a média aumentou para 79,19 cirurgias. Assim, a média de amputações gerais, em 2020 e 2021, ficou em 2,3 mil por mês, em torno de 77,4 cirurgias por dia.

Segundo eles, em 2022, os efeitos da pandemia ainda refletem e a média, assim, tende a continuar a subir.

Médico explica condições que podem causar o aumento de amputações

A SBACV, portanto, alerta para possíveis condições que resultam em amputações ou desarticulação. Tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagubilidade e histórico familiar estão então nessa lista.

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Ainda assim, Mateus Borges, diretor de publicações da SBACV, conta que no topo dessa lista está a diabetes e alerta: “No mundo, uma em cada cinco pessoas não sabe que é portador dessa doença. A pandemia nos revelou isso. Muitos pacientes que chegam ao consultório ou aos serviços de urgência com complicações do diabetes só descobrem que a têm após o atendimento”.