Publicidade

SUS faz reparo inédito de escoliose grave em criança no Rio de Janeiro

Recém-chegada ao Brasil, cirurgia insere dispositivo que acompanha crescimento infantil, sem necessidade de demais reparos

Recém-chegada ao Brasil, cirurgia feita no SUS insere dispositivo que acompanha crescimento da criança com escoliose, sem demais reparos
Médico francês desenvolvedor do método acompanhou procedimento – Pexels/Vidal Balielo Jr.

História para o Sistema Único de Saúde! Nesta semana, o SUS realizou a primeira cirurgia com uma nova tecnologia inovadora para reparar um caso de escoliose grave em uma criança de 8 anos.

Publicidade

O procedimento inédito chegou ao Brasil no final de agosto, quando feito em um paciente em São Paulo na rede privada. Dessa vez, então, ele ocorreu todo no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, do Rio de Janeiro, a partir do sistema público.

A cirurgia, portanto, é inovadora, uma vez que repara o caso grave da condição na coluna de uma só vez; cenário que antes era ‘impossível’ de se imaginar. “Uma criança que chegava ao tratamento com sete anos realizava, no mínimo, seis cirurgias para completar a correção dessas doenças”, explica, em comunicado, Ricardo Meirelles, ortopedista do instituto que fez o procedimento.

Especialistas francês responsável pelo método acompanharam primeira cirurgia de escoliose grave em criança pelo SUS

Na ocasião, uma criança de 8 anos e com paralisia cerebral realizou a cirurgia.

O novo procedimento, então, consistem em implantar um dispositivo, chamado Nemost, nas costas da criança, de modo que ela alonga a coluna ao longo do tempo. Assim, ela consegue evitar que a condição retorne ou sejam necessárias demais cirurgias de reparo, já que acompanha o crescimento infantil.

Publicidade

“Então, além da redução da exposição a anestesias e infecções, há uma queda da reincidência desses procedimentos, e consequente aumento da produção cirúrgica para atender outros pacientes”, também explica o ortopedista.

Além disso, por ser menos invasiva, a cirurgia também diminui os riscos de lesões na medula óssea. Apesar do sucesso, eles ainda só podem realizar o procedimento em crianças, de até 10 anos e/ou 18kg.

O ortopedista francês Lotfi Miladi foi quem criou o dispositivo. Ele, portanto, presente na cirurgia realizada no Rio de Janeiro e também na de São Paulo.

Publicidade