Superbactérias podem ser compartilhadas entre humanos e seus pets, segundo pesquisa
Pesquisadores enfatizam a importância do monitoramento da saúde tanto de pets e de seus tutores; Entenda mais sobre
Pesquisadores enfatizam a importância do monitoramento da saúde tanto de pets e de seus tutores; Entenda mais sobre
Entre 2018 e 2020, 15% dos pets e 13% de seus donos apresentaram bactérias semelhantes. Os dados são de uma pesquisa apresentada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID), em Lisboa, após a coleta de fezes de 58 voluntários e de 40 cachorros e 18 gatos dos participantes para identificar se ocorre a troca de micro-organismos entre humanos e seus pets.
O resultado da pesquisa constata que é possível haver essa troca, em que os dados mostraram que um terço desses micro-organismos encontrados se tratavam de superbactérias, ou seja, resistentes a medicamentos. “Nossas descobertas mostram não apenas o compartilhamento de bactérias resistentes a antibióticos, mas também de genes relacionados à resistência a esses medicamentos, entre animais de companhia e seus tutores”, disse, em comunicado, uma das autoras do estudo e pesquisadora da Universidade de Lisboa, Juliana Menezes.
Com uma análise de sequenciamento genético, os pesquisadores apontaram os animais como potentes “reservatórios” dessas bactérias, o que mostra a importância de um forte monitoramento da saúde tanto dos pets quanto dos humanos. “A Escherichia coli (E. coli), por exemplo, é comum no intestino de pessoas e de animais saudáveis. Existem vários tipos de bactérias e, embora a maioria seja inofensiva, algumas podem causar problemas graves, como intoxicação alimentar e infecções que geram risco de morte“, exemplificou Menezes.
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Ainda, conforme a pesquisadora, há a possibilidade de apenas partes de bactérias serem compartilhadas. “Esses pedaços móveis de DNA podem ser compartilhados entre diferentes populações bacterianas, em animais e em humanos”, acrescenta.