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Refluxo oculto nos bebês: o que é, quais são seus sintomas e tratamentos?

Condição muito comum nos primeiros anos de vida do bebê, refluxo oculto incomoda e gera problemas, apesar de não ser grave

Condição muito comum nos primeiros anos de vida do bebê, refluxo oculto incomoda e gera problemas, apesar de não ser grave
Especialista explica que condição desaparece com, no máximo, dois anos – Pexels/Sarah Chai

Muitos bebês acabam sofrendo com refluxo oculto sem nem saber. A condição que não provoca nenhum problema grave, ainda assim gera desconforto e incômodos difíceis de diagnosticar nos primeiros anos de vida.

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Segundo a médica pediatra Luciana Gualberto Rocha, o refluxo é consequência, principalmente, da imaturidade dos mecanismos anti-refluxo. Além disso, os bebês têm uma alimentação predominantemente líquida, frequente e, ainda por cima, na posição horizontal, contribuindo para que ele aconteça.

Mas como consigo identificar se o incômodo do meu bebê é refluxo oculto? A pediatra ainda explica, portanto, que os principais sintomas em lactantes de até dois anos são: horo excessivo, irritabilidade, distúrbios do sono, agitação e recusa da dieta. Se a criança já for mais velha, ela pode se queixar de queimação sobre o estômago, dor no peito, dor abdominal, dor durante a alimentação e excesso de salivação.

“Existem bebês que regurgitam de 10 a 15 vezes ao dia, felizes, sem desconforto e não choram excessivamente. Existem também, bebês que quase não regurgitam e que possuem muitos outros sintomas tão estressantes quanto.” explica a especialista. “Neste último grupo, devemos ter muito cuidado na avaliação, já que muitas vezes os sintomas não são relacionados ao refluxo”.

Quais são os tratamentos, então, para bebês com refluxo oculto?

Existem diferentes tipos de tratamento para o refluxo: medidas posturais, dietéticas e tratamento com medicamentos.

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As mais simples, portanto, são as medidas posturais, em que basta os pais e/ou responsáveis elevarem a cabeceira da cama em um ângulo de 30 a 45º e sempre colocarem o bebe deitado do lado esquerdo.

Se necessário as mudanças dietéticas, Dra. Luciana recomenda: manter o aleitamento materno exclusivo, ou caso o bebê receba leite em pó, fracione as mamadeiras, engrosse o leite ou procure uma formulação mais adequada. Além disso, as mamadas devem acontecer em posição semi-elevada e, depois, esperar pelo menos quarenta minutos para deitá-lo.

Por fim, o tratamento mais intensivo seria com medicamentos, sempre realizado por médicos. “São medicamentos que inibem a secreção ácida proveniente do estômago, causadora de muitas complicações. Além de remédios que possam tonificar a válvula que se localiza entre o esôfago e o estômago“, explica.

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A melhora começa a aparecer quando o bebê completa 12 meses ou até no máximo 18 meses. O refluxo gastroesofágico na infância, geralmente, tem um pico entre o quarto e quinto mês de vida, apresenta melhora no segundo semestre e desaparece totalmente até os dois anos.