Ana Hickmann precisou passar por uma cirurgia de retirada de pólipo no útero; ginecologista explica que procedimento é minimamente invasivo. Entenda a condição!
Na última semana, Ana Hickmann divulgou que precisou passar por uma cirurgia para a retirada de um pólipo na parede do útero. No seu canal do YouTube, a apresentadora explicou que descobriu o problema ao sentir fortes cólicas. Ela também contou que, durante o período em que tentava descobrir a causa do desconforto, as dores e o sangramento pioraram.
Os pólipos são considerados um crescimento exagerado de uma pequena porção do endométrio – localizado na parte interna do útero.
Em entrevista à Viva Saúde Digital, o Dr. Marcos Tcherniakovsky, médico ginecologista e obstetra com alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica, esclareceu que muitos desses pólipos são assintomáticos. Nesses casos, as pacientes conseguem identificar o problema no exame de rotina, em que o ginecologista solicita um ultrassom e aparece uma imagem sugestiva de pólipo endometrial dentro do útero.
Porém, alguns sintomas são comuns, como irregularidade nos períodos menstruais, sangramentos vaginais entre menstruações e dores, intensificadas durante a menstruação.
“Ou essa mulher pode ter sangramento, ou alteração do seu sangramento na época da menarca, que é a época em que a mulher tem o ciclo menstrual, esse ciclo menstruação ser em maior quantidade, ela pode ter sangramento entre uma menstruação e outra. Então, algo relacionado a sangramento é alterado neste período que ela menstruou. Ou sangramentos na pós-menopausa, ela já não está menstruando, não tem um ciclo e ela pode ter um sangramento. Outra queixa é infertilidade, então muitas mulheres com história de infertilidade podem ter pólipo endometrial, pois ele pode influenciar muito nesse sentido”.
O Dr. Marcos explica que, para resolver o problema, são necessárias cirurgias minimamente invasivas, em que a paciente interna e vai embora no mesmo dia.
“O procedimento é todo via vaginal, portanto a resolução disso passa a ser muito boa. Você tem uma histeroscopia que você faz dentro do centro cirúrgico. Hoje em dia existem histeroscopias ambulatoriais em que a gente pode tentar, dependendo do pólipo, resolver isso em uma sala com aparelhos que medem no máximo 5 milímetros. Então, a resolução disso é através da colocação dessa câmera e a retirada dele”.
O médico também afirma que, quando a paciente já está na menopausa, é necessário, obrigatoriamente, a retirada do pólipo. Nos casos em que são mulheres mais jovens, há a possibilidade de fazer um acompanhamento médico.
“Todos que estão na menopausa precisam retirar. Quando a pessoa é jovem, na fase do ciclo menstrual, sem antecedente de comorbidade (diabetes, hipertensão e história de câncer na família), pólipos abaixo de 1 centímetro, eu posso acompanhar. Porém, como esse acompanhamento é feito com exames radiológicos, muitas vezes a gente prefere já resolver”.
