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Insuficiência cardíaca de Claudia Jimenez: entenda as causas da doença

Atriz estava internada no Rio de Janeiro e não sobreviveu após três cirurgias no coração e uma série de problemas cardíacos; entenda sua condição!

Atriz estava internada no Rio de Janeiro e não sobreviveu após três cirurgias no coração e uma série de problemas cardíacos; entenda sua condição!
Cardiologista explica condição que levou Claudia Jimenez – Reprodução/TV Globo/Alex Carvalho

A humorista Claudia Jimenez faleceu no último sábado, 20 de agosto, em decorrência de uma insuficiência cardíaca. Conhecida por seus papéis em Sai de Baixo e Escolinha do Professor Raimundo, a atriz já enfrentava uma série de problemas no coração e, nos últimos tempos, passou por três cirurgias no órgão.

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1989, por exemplo, Claudia enfrentou um câncer no mediastano e agora tratava outro, dessa vez no tórax. Além disso, a humorista já havia colocado cinco pontes de safena, marca-passo, além de fazer a substituição de sua válvula aórtica.

Dessa vez, portanto, no tratamento para o câncer, a atriz tentava reparar os danos ao órgão com cirurgias, mas acabou não sobrevivendo devido à insuficiência cardíaca.

Claudia Jimenez faleceu por insuficiência cardíaca: cardiologista explica causas, sintomas e tratamento

A doença se manifesta através de sintomas como falta de ar, fadiga e inchaço dos pés e pernas. Além de crônica, a insuficiência cardíaca é progressiva, ou seja, se agrava com o passar do tempo, se não for adequadamente tratada, levando a importantes prejuízos na qualidade de vida. Caracterizada por episódios recorrentes de descompensação, quando os sintomas se intensificam, faz com que o paciente necessite de assistência médica e hospitalar de emergência, levando-o, na maioria dos casos, à internação.

A insuficiência cardíaca tem grande potencial de reduzir a expectativa de vida. Após o diagnóstico, metade dos pacientes podem morrer em até cinco anos. Hoje, ela é a terceira causa de internação em pessoas com mais de 60 anos, estando presente em até 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos.

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Um dos fatores que pode desencadear a enfermidade é a falta de controle do diabetes. Apesar de pouco abordada, a correlação do diabetes com outras doenças nos sistemas cardiovascular e renal é muito mais comum do que se imagina. Um dado alarmante indica que pacientes com diabetes têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca do que pessoas que não têm a enfermidade. O descontrole nos níveis de açúcar no sangue, pode gerar um estado de inflamação, que tem o potencial de danificar os vasos sanguíneos e o coração.

Tratamento

O sucesso no tratamento da insuficiência cardíaca depende da correta adesão do paciente. Isso inclui controle dos fatores de risco e doenças associadas, mudança dos hábitos de vida, monitoramento da evolução da condição por meio de exames de rotina e uso de medicamentos. Por isso, é essencial que ele tenha clareza de que se trata de uma doença crônica – que pode ser controlada– e é justamente por isso que os cuidados devem ser contínuos.

Nesse contexto, nós, médicos, desempenhamos um papel fundamental: a educação. É indispensável falar sobre o tema, esclarecer e conscientizar a população de que há meios de prevenção e de controle da insuficiência cardíaca. Somente dessa forma, possibilitaremos que os pacientes sejam protagonistas da sua própria saúde, tirando o melhor proveito de todos os avanços proporcionados pela medicina e pela ciência. Somente empoderando as pessoas a cuidarem de sua própria saúde é que ofereceremos meios de escolherem qual o melhor caminho para se alcançar a tão almejada qualidade de vida.

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Artigo redigido pelo Dr. Edimar Bocchi, chefe da unidade de Insuficiência Cardíaca do Incor.

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