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Fertilização in vitro permite escolher sexo e características do bebê? Especialista explica

Uma das maiores dúvidas sobre a fertilização in vitro é em relação à escolha das características do bebê. Mas isso é realmente possível? Entenda

Uma das maiores dúvidas sobre a fertilização in vitro é em relação à escolha das características do bebê. Mas isso é realmente possível? Entenda
Fertilização in vitro permite escolher características do bebê? – Freepik

Ainda bem desconhecida pela sociedade, a fertilização in vitro gera uma série de dúvidas como, por exemplo: é possível escolher o sexo do bebê? a cor de seus olhos e cabelo? O especialista em reprodução humana, Dr. Fernando Prado, então, explica todo o processo e se é possível fazer essa escolha.

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Apesar de muita gente acreditar ser possível, principalmente, a escolha do sexo do bebê, o especialista afirma que não é propriamente assim. “Na verdade, os tratamentos não trazem informações extras sobre as características dos futuros bebês. O sexo do bebê seria possível de ser escolhido porque o teste genético consegue detectar qual é o cromossomo sexual que o embrião possui, X ou Y. No entanto, eticamente não é permitido pelo Conselho Federal de Medicina que seja feita a escolha do sexo do embrião, a não ser em casos em que existam doenças ligadas ao sexo, como a hemofilia, por exemplo. Nesses casos pode ser escolhido o embrião com o sexo que não é portador do gene para evitar a transmissão da doença”, relata o profissional.

Na fertilização in vitro, posso escolher a cor dos olhos e outras características do bebê?

Já em relação à cor dos olhos, cabelo e pele, a identificação não é possível. O especialista conta: “Não existe tecnologia ainda na área médica que possibilite a escolha dessas características e também acho que vai ser muito improvável que os órgãos reguladores permitam que sejam escolhidas essas características”.

Fernando ainda relata que não é possível escolher que sejam gêmeos. Mas afirma que as chances da fertilização in vitro gerar uma gestação gemelar é muito maior, em torno de 30%.

Como relatado, portanto, os testes que identificam, consequentemente, o sexo do bebê só acontecem para constatar alguma possibilidade de alteração em cromossomos. Mesmo assim, não são todas as gravidezes por fertilização in vitro que o realizam.

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Isso só ocorre em casos de mulheres acima de 35 ou 40 anos, casos de aborto de repetição (dois ou mais seguidos), quando existe alguma doença genética na família ou quando a mãe ou pai porta de algum gene conhecido. Nestes últimos, casos mais graves, realizam o teste ainda no embrião, antes mesmo de ser fecundado.

As únicas gravidezes por fertilização in vitro que se pode, e até se deve, escolher as características do bebê é quando há uma ovodoação ou a escolha do doador. Quando há a escolha de espermatozoides ou de óvulos, é importante que os pais escolham doadores com a mesma etnia, cor de pele similares às suas, se adequando da melhor forma à realidade dos pais. No questionário de escolha, portanto, existe uma série de características, para além de físicas como: tipagem sanguínea, profissão, hobbies, etc.

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