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Estou sentindo uma dor, quando devo me preocupar? Neurocirurgião revela

Neurocirurgião explica como reconhecer sua dor, quando se preocupar e quais são as formas de tratamento existentes

Neurocirurgião explica como reconhecer sua dor, quando se preocupar e quais são as formas de tratamento existentes
Profissional destaca diferentes tipos e sintomas – Pexels/Andrea Piacquadio

Alguma vez você deve ter sentido uma dor ou incomodo e pensou “devo me preocupar”? Afinal, as dores são, principalmente, sinais de algum problema em nosso organismo, seja esse o menor possível.

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Além disso, ela também é um evento sensorial e emocional desagradável para o organismo humano. Desse modo, devemos sempre nos atentar a elas, assim como possíveis sintomas e pontos preocupantes combinados.

É o que explica, portanto, o neurocirurgião Dr. Marcelo Valadares, que lista os diferentes tipos de dor e cita quando devemos nos preocupar ou não.

“Chamamos de crônica a dor persistente, que incomoda o paciente por meses ou, até mesmo, anos”, revela. Segundo ele, não é normal sentir uma dor por mais de três meses. “Neste caso, ela pode indicar doenças sérias e, por isso, precisa de investigação. Se não tratada, pode levar a outros problemas que antes não existiam, como: alterações no comportamento motor, redução de atividades (tendência ao sedentarismo) e fadiga, além de prejudicar a ergonomia”.

Por outro lado, então, existe a dor aguda. Enquanto a dor crônica deve durar mais de três meses para ter este nome, a aguda costuma ser pontual, podendo evoluir para um quadro crônico. “Quadros de dor crônica podem se perpetuar por meio das modificações do sistema nervoso, ou seja: a dor mantida pode levar a dores que não melhoram, mesmo que a causa seja removida”, destaca.

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Neurocirurgião explica: como saber qual o melhor tratamento para o meu quadro de dor?

Ao tratamento, existem três considerações importantes pontuadas pelo especialista em dor. “Em primeiro lugar, precisa-se alinhar as expectativas do paciente com a possibilidade de resultado diante do problema. Após investigar a causa do problema de origem, é necessário entender o mecanismo que fez surgir a dor para ser possível intervir na sua origem. Por fim, traçamos uma análise do que já foi feito até o momento. Muitos pacientes que buscam tratamento já consultaram diversos profissionais sendo submetidos a tratamentos anteriores”, reitera o médico.

Nos quadros de dor crônica, principalmente, o tratamento é multidisciplinar e pode ser longo. Envolve, além de avaliação médica adequada, outros tratamentos paliativos para reabilitação física como fisioterapia, acupuntura e pilates, por exemplo. Além disso, muito frequentemente, são utilizadas medicações.

Com o avanço da ciência, portanto, o neurocirurgião também destaca outros dois métodos que podem solucionar a dor. Em casos de bloqueios de nervos e infiltrações anestésicas, por exemplo, existem cirurgias pouco invasivas por vídeo e cirurgias percutâneas; já em outros casos mais específicos, quando a dor do paciente tenha algumas características que demonstrem acometimento de nervos ou do sistema nervoso, como as lombalgias (dores na região lombar) após cirurgias de coluna, existe a “neuromodulação (estimulação) cerebral ou medular, que são um excelente tratamento para a dor crônica em casos muito complexos e que já tentaram diversos tratamentos, com médicos diferentes”, revela, por fim.

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Sobre a fonte

Dr. Marcelo Valadares é médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor.

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