Você sabia que somente em 2019, 11.790 brasileiras precisaram de internação por causa da endometriose?
Aproveitando o ‘Março Amarelo’, mês que conscientiza as mulheres sobre a presença doença, falaremos mais sobre ela!
Esse problema afeta cerca de 10% da população feminina brasileira, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo mais frequente entre mulheres de vinte e cinco a trinta e cinco anos de idade.
A doença é causada por uma infecção ou lesão decorrente do acúmulo, em outras partes do corpo, das células que recobrem a parte interna do útero (o endométrio) e que são eliminadas com a menstruação.
Como as chamadas células endometriais são regularmente expelidas junto com o fluxo menstrual, seguem se acumulando fora da cavidade uterina, principalmente nas regiões da bexiga, ovários, tubas uterinas e intestino. Nos casos mais graves, podem formar nódulos que, se não forem tratados a tempo, tendem a afetar o funcionamento de outros órgãos.
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ENDOMETRIOSE: DIAGNÓSTICO
Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), Helizabet Salomão Ayrosa Ribeiro, a demora do diagnóstico da doença é comum, mas costuma estar associada ao fato de muitas mulheres, mesmo sofrendo, protelarem a ida ao médico, por acreditarem que as cólicas menstruais são naturais.
“No mundo todo, a endometriose demora, em média, de sete a dez anos para ser diagnosticada. Principalmente devido à tendência das pessoas naturalizarem a cólica menstrual, o principal sintoma e a principal queixa das pacientes”, afirmou a médica.
Ainda segundo ela, há alguns ginecologistas que também subestimam as queixas das pacientes e, assim, deixam de encaminhá-las para realizar exames mais detalhados. A ressonância magnética pélvica e o ultrassom transvaginal são os dois principais meios de identificar a endometriose.
OUTROS SINTOMAS
Além da cólica intensa que, em muitos casos, se torna debilitante, a doença costuma estar associada a outros sintomas, como uma dor profunda na vagina ou na pelve, durante a relação sexual, ou a uma dor pélvica contínua, mesmo que não relacionada à menstruação.
Outros sintomas comuns são a prisão de ventre ou a diarreia durante o período menstrual e a dor ao evacuar ou urinar.
Contudo, a maioria dos casos é diagnosticada quando a paciente procura um especialista devido à dificuldade de engravidar – o que pode ser uma das consequências do problema.