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Ebola ressurge no Congo, um mês após fim dos casos no país

De acordo com OMS, cenário é ‘preocupante’ em determinada região; apesar disso, país ainda carece de vacinas para suprir novo surto

Há um mês, país havia decretado fim de surto – Pexels/Miguel Á. Padriñán

Segundo as autoridades de saúde da República Democrática do Congo, o país vive um novo surto de Ebola. A confirmação aconteceu na última terça-feira, 23 de agosto, após a morte de uma mulher infectada há mais de 15 dias.

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A doença, no último mês, tinha sido erradicada, após o longo surto de 2018 a 2020, o mais longo vivido no Congo. Apesar disso, região da falecida, em Kivu Norte, estão vivendo um novo aumento de casos, preocupando a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Os ressurgimentos do ebola estão ocorrendo com maior frequência na República Democrática do Congo, o que é preocupante”, afirma Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS. “No entanto, as autoridades de saúde do Kivu Norte conseguiram impedir com sucesso vários surtos de Ebola (anteriores) e, com base nessa experiência, sem dúvida, esse será controlado rapidamente”.

Até então, autoridades locais estudam cerca de 160 pessoas que tiveram contato próximo com a mulher. Além disso, eles ainda buscam saber se ela era vacinada para o vírus.

Surto de ebola já é o 15º no Congo; país ainda sofre com falta de vacinas

Segundo informações, portanto, esse já o 15º surto da doença no país; 7º somente nos últimos 4 anos. Apesar disso, a República Democrática do Congo ainda sofre com falta de vacinas.

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Atualmente, só existem 1000 doses no país, sendo que 200 delas eles já enviaram para região de maior casos atualmente.

Ainda de acordo com o diretor regional da OMS, há cerca de um mês, já se alertava para um novo surto de zoonoses, doenças transmitidas de animais para humanos, no país. “A África está vendo um aumento no Ebola e outras doenças infecciosas que saltam de animais para humanos, afetando grandes áreas urbanas”, apontou.

No último surto registrado no mês passado no Congo, na província de Equateur, quatro pessoas faleceram pela doença, que registrou então mais de 10 casos.

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