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Distúrbios de sono entre idosos: Estão entre eles insônia, síndrome da apneia e distúrbio do ritmo circadiano

Eles podem estar associados desde hábitos e rotinas a problemas psicossociais

Distúrbios de sono entre idosos: Estão entre eles insônia e síndrome da apneia – Freepik

É comum conhecer pessoas com mais idade se queixando de noites mal dormidas. Estima-se que 45% dos idosos brasileiros apresentam desordens do sono, sendo o problema mais prevalente em mulheres do que em homens e na faixa etária de 75 a 79 anos, segundo o estudo multicêntrico SABE, publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, em fevereiro de 2019.

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Além das alterações fisiológicas causadas pelo envelhecimento, diversos fatores podem contribuir para a piora da qualidade de sono. 

Os transtornos do sono no idoso são multifatoriais. Eles podem estar associados desde hábitos e rotinas a problemas psicossociais, presença de doenças, incontinência urinária, dor crônica e até mesmo uso de medicamentos que interfiram no sono. 

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Por isso, confira os principais distúrbios de sono entre idosos:

Insônia

É o transtorno do sono mais prevalente. Ele ocorre entre 20-40% dessa população. Caracteriza-se pela dificuldade de iniciar o sono ou para se manter dormindo, ocorrendo diminuição da quantidade ou da qualidade do sono. Pode estar associada a doenças crônicas, como doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência cardíaca descompensada, doença do refluxo gastroesofágico, doenças osteoarticulares, obesidade, diabetes, hiperplasia prostática benigna, demência e depressão.

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Também pode ser associada com os efeitos colaterais de alguns remédios, como algumas classes de antihipertensivos, diuréticos ou antidepressivos.

Distúrbio do Ritmo Circadiano

É o desalinhamento entre o período de sono e o ambiente social. Por exemplo, o indivíduo adormece às 20h assistindo televisão e acorda de madrugada, sendo incapaz de retomar o sono.

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Síndrome das pernas inquietas

É a necessidade incontrolável de movimentar os membros inferiores, associado a sensação de cansaço e dor, resultando em despertares noturnos, sono não reparador e sonolência diurna.

Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono

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É a interrupção do fluxo de ar entre nariz e boca durante o sono, resultando em queda da saturação de oxigênio no sangue e despertares noturnos frequentes. O distúrbio é mais comum em idosos homens que são obesos.

E, a suspeita deve ser levantada quando há sonolência diurna excessiva, ronco alto, pausas respiratórias durante o sono e episódios de despertar ofegante. A presença de ronco alto e de pausas respiratórias, geralmente observadas pelo companheiro de quarto, devem levantar a suspeita dessa condição.

Distúrbio Comportamental do Sono REM

Durante a fase do sono denominada REM (Rapid Eye Moviment) há uma inibição dos neurônios motores espinhais para que a pessoa não realize movimentos durante o sonho. Nesse distúrbio, perde-se a inibição neuronal.

Assim, o indivíduo pode gesticular, vocalizar, caminhar, dar socos, chutar, colocar-se em risco ou causar danos ao companheiro. Afeta principalmente homens idosos e está associado a um maior risco de doença de Parkinson.

Como melhorar o sono?

Para tratar problemas com o sono podem ser usados recursos não farmacológicos, como técnicas de relaxamento, ioga, meditação, mindfulness, acupuntura ou aumentar a prática de atividade física.

E, em alguns casos há a prescrição de medicamentos e a indicação de terapia cognitivo-comportamental. É interessante, diariamente, fazer atividades para a higiene do sono, como: 

  • Ir para a cama somente quando estiver com sono; 
  • Evitar o uso do celular ao deitar; 
  • Não dormiu em dez ou trinta minutos? Levante-se da cama e faça alguma atividade calma, até pegar no sono e ir descansar; 
  • Tente levantar sempre no mesmo horário;
  • Tome um pouco de sol pela manhã; 
  • Não tire sonecas durante o dia.