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Dismorfia Corporal: transtorno faz com que você veja seu corpo de forma distorcida no espelho

Com o ‘boom’ das redes sociais, dismorfia corporal se tornou ainda mais comum, principalmente em adolescentes; entenda o transtorno

Com o 'boom' das redes sociais, dismorfia corporal se tornou ainda mais comum, principalmente em adolescentes; entenda o transtorno
Condição afeta, hoje em dia, principalmente adolescentes e mulheres – Pexels/Ivan Oboleninov

Nos últimos tempos, com a crescente das redes sociais, a busca pelo ‘corpo perfeito’ se tornou cada vez mais forte. De procedimentos estéticos que deram errado até crises de ansiedade, muitas pessoas encaram severos problemas na jornada por esse ‘ideal’.

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Uma das principais consequências dessa busca incessante é, portanto, a Dismorfia Corporal. Apesar de pouco falada, acredita-se que hoje em dia o problema atinja cerca de 4 milhões de pessoas só aqui no Brasil, e até 2% da população mundial.

Mas o que é esse transtorno? Ele acontece, portanto, quando a pessoa tem uma preocupação excessiva com o corpo e passa a ver sua imagem de forma distorcida. “A dismorfia corporal é um transtorno psicológico que resulta em um impacto muito negativo para autoestima, além de afetar a vida no trabalho, nos estudos e no convívio em geral com outras pessoas”, explica a cirurgiã plástica, Dra. Thamy Motoki.

Segundo a especialista, o diagnóstico ocorre, principalmente, quando pessoas chegam nos cirurgiões e/ou esteticistas e tentam mudar sua imagem. “O próprio paciente não tem noção do seu problema e necessita um olhar cuidadoso, alguém que o ouça e acolha adequadamente”, relata. “Eu, como cirurgiã plástica, tento mostrar de forma técnica que não há problema, de fato, com o corpo. Ou então que pode estar havendo uma supervalorização de um pequeno problema”.

“O paciente nitidamente ansioso e relacionando seus problemas, e demais insatisfações, àquela tal “imperfeição”, ou que tenta atingir determinado padrão de beleza estipulado como ideal, pode estar sofrendo de dismorfia. Além disso, quem apresenta esse quadro, também relata evitar convívio social (como ir à praia ou piscina, por exemplo), tem dificuldade de concentração e olha-se no espelho com frequência, ou chega a evitar por completo ver sua imagem refletida ali”, continua.

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Dismorfia corporal atinge, principalmente, adolescentes e merece destaque

A dismorfia corporal tende a surgir na época da adolescência e afeta mais, em sua grande maioria, as mulheres, por conta das severas pressões estéticas. “As reclamações mais comuns que noto aqui na clínica são relacionadas à face, em especial ao nariz, e às mamas”, detalha a cirurgiã. Ela ainda afirma que já até negou cirurgias para esses pacientes que não notaram que seu problema é psicológico e não estético.

Apesar de ser ainda pouco abordada, a dismorfia é um problema sério, que precisa ser diagnosticado e tratado antes que gere consequências e traumas ainda piores, inclusive cirurgias arriscadas e sem necessidade alguma. Por isso é preciso sempre estar atento aos familiares e amigos à nossa volta e procurar tratamento adequado assim que os primeiros sintomas forem notados.

“Meu conselho é: cuide do seu corpo, sem esquecer da sua mente! Corpo saudável e mente saudável devem caminhar juntos. Evite comparações com outras pessoas e procure ajuda especializada com psicólogo e psiquiatra”, finaliza Dra. Thamy.

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