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Dia das Mulheres: entidade enaltece participação das figuras femininas na Medicina Nuclear

Girl Power! No Dia Internacional das Mulheres, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear comenta sobre a participação feminina na área; confira

Dia das Mulheres: entidade enaltece participação das figuras femininas na Medicina Nuclear – Freepik / jcomp

Uma das principais lições aprendidas nos últimos anos é que as descobertas científicas são fundamentais para o desenvolvimento das sociedades. Porém, os trabalhos mais reconhecidos ainda são de cientistas homens, criando uma falsa impressão de que as mulheres não participam ativamente desta área, o que não é verdade!

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Uma das pioneiras foi a cientista Marie Sklodowska Curie. Nascida em 1867, foi a primeira mulher da história a receber um Prêmio Nobel. Em 1903, a Academia Francesa de Ciências havia decidido indicar apenas os cientistas Henri Becquerel e Pierre Curie — marido de Marie — como candidatos ao Nobel de Física. Pierre escreveu uma carta afirmando que a participação de Marie na pesquisa dos corpos radioativos havia sido imensa para ela acabar fora da premiação. No fim, o casal Curie Becquerel receberam o Nobel de Física. Em 1911, Marie Curie novamente voltou a fazer história, sendo a primeira mulher a ganhar dois prêmios Nobel, desta vez de Química, por sua descoberta dos elementos rádio e polônio.

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Fazendo uma análise dos tempos atuais, de acordo com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), as mulheres ainda são minoria, constituem 43,7% dos pesquisadores científicos no Brasil. Se considerarmos o cenário internacional, o número cai para 30%, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Ainda segundo a CNPq, o cenário é positivo, uma vez que o número de mulheres pesquisadoras superará o de pesquisadores do gênero masculino dentro de uma década.

O Estudo “Demografia Médica no Brasil”, de 2020, também aponta para uma medicina cada vez mais jovem e feminina. Em 2020, os homens representavam 53,4% da população de médicos e as mulheres, 46,6%. Trinta anos atrás, em 1990, as mulheres eram apenas 30,8%. Nos grupos mais jovens, as mulheres são maioria, representando 58,5% entre os médicos de até 29 anos e chegam a 55,3% na faixa etária de 30 a 34 anos. Conforme a idade vai avançando, a participação feminina vai diminuindo. Na faixa etária acima dos 70 anos, as mulheres médicas são apenas 21%.

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Entidade enaltece participação das figuras femininas na Medicina Nuclear

“A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), orgulha-se de ter sua história ligada à luta da mulher na medicina. Uma das fundadoras da entidade foi a Dra. Verônica Rapp – que ao lado de seu marido, Tede de Eston, fundou a entidade, em 14 de setembro de 1961”, aponta George Coura Filho, presidente da SBMN. A Profª. Dra. Verônica Rapp ajudou a introduzir a tecnologia de radioisótopos no Brasil, que se tornou o primeiro país da América do Sul a iniciar-se na ciência que viria a ser a Medicina Nuclear. “Outra figura histórica de nossa entidade, e testemunha deste início da medicina nuclear, é a Dra. Anneliese Fischer, chefe do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Albert Einstein”, lembra Coura Filho.

O atual quadro diretivo da SBMN também é uma síntese de como a medicina vem se tornando feminina, com 50% dos cargos ocupados por mulheres. “Além da presença em nosso quadro diretivo, temos o prazer de ter muitas médicas como especialistas e associadas à SBMN. Issoamplia a representatividade e abrilhanta ainda mais a nossa entidade, que foi fundada por uma mulher”, afirma o presidente da SBMN.

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Dr. George Coura Filho finaliza dizendo como vê o futuro das mulheres nas ciências: “Esperamos que a ciência em geral, e a Medicina Nuclear em particular, possam se tornar cada vez mais espaços em que as mulheres tenham a liberdade de escolher seus destinos e desempenhar as suas funções de forma a contribuírem, paulatinamente, para o desenvolvimento dos campos sociais. A SBMN felicita as especialistas da área de Medicina Nuclear e todas as mulheres por esta data e tudo que ela representa”.


*Sobre a SBMN: Fundada em 14 de setembro de 1961, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) tem o objetivo de integrar, promover e estimular o progresso da Medicina Nuclear no Brasil. Constituída por médicos especialistas e outros profissionais de áreas correlatadas, como tecnólogos, biólogos, físicos e químicos, a Sociedade tem a missão de trazer inovação, conquista e aperfeiçoamento da área para a saúde brasileira, tornando-se referência nacional e internacional na representatividade da Medicina Nuclear.

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