Pesquisadores norte-americanos utilizaram dados de inscritos no Estudo Normativo de Envelhecimento dos Veteranos dos EUA entre 1961 e 1970. Foram analisadas informações de 233 homens participantes com a média de 21 anos, em que os níveis de estresse desse público foram monitorados em 2002 até 2010. “Descobrimos que homens mais otimistas relataram ter menos estressores diários, o que explicava parcialmente seus níveis mais baixos de humor negativo”, disse a professora assistente de psiquiatria na Universidade de Boston, Dra. Lewina Lee, ao The Guardian.

Um estudo de 2019, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, mostrou que o otimismo pode fazer uma pessoa viver de 11 até 15% mais do que pessoas mais pessimistas. “Nossas descobertas levantam uma possibilidade empolgante de que podemos promover um envelhecimento saudável e resiliente cultivando ativos psicossociais, como otimismo”, disse Lee, principal autora do estudo.

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OTIMISMO NÃO SIGNIFICA IGNORAR RISCOS

Ser otimista pode ser facilmente confundido com uma pessoa que não enxerga os perigos de uma situação, mas essa é uma concepção equivocada. A pesquisadora Lewina Lee explica que se trata de um autoconhecimento, em que o indivíduo identifica os seus pontos fortes, exemplos de sucesso durante sua história até que essa pessoa alcance uma autoconfiança.

O estudo feito com os homens foi publicado no Journals of Gerontology, e a cientista espera que os achados também se apliquem às mulheres mais velhas. A pesquisa apontou que os homens “mais otimistas limitassem sua exposição a situações estressantes ou fossem menos propensos a perceber ou rotular situações como estressantes”.