Com cerca de 90% de letalidade, OMS monitora vírus raro e perigoso
Vírus letal pode provocar sangramento pelo nariz, boca e olhos; OMS confirmou dois óbitos pela infecção em Gana
Rafa Kalimann contrai doença grave em viagem humanitária
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Da mesma família do Ebola, o vírus Marburg está preocupando autoridades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). O patógeno se caracteriza como uma febre hemorrágica e, apesar de rara, sua taxa de letalidade é alarmante: até 88% dos casos podem resultar em morte.
OMS RELATA MORTE DE DOIS PACIENTES INFECTADOS PELO VÍRUS MARBURG
Segundo a OMS, na última quinta-feira, 07, Gana registrou duas mortes decorrentes da infecção pelo vírus Marburg. Os hospedeiros da doença são morcegos frugívoros, e a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa. Quando se trata da contaminação, um outro ponto que preocupa as autoridades é de que os dois pacientes que faleceram não tinham contato entre si. Isso indica uma transmissão comunitária e o risco de um surto.
Os dois infectados pelo vírus apresentaram sintomas como diarreia, febre, náuseas e vômitos. Quando um paciente é contaminado pelo Marburg, o quadro pode apresentar outros sintomas como, dores musculares, dor de cabeça e de garganta, além de sangramentos pelo nariz, boca e olhos.
“Muitos pacientes desenvolvem sinais hemorrágicos graves dentro de sete dias. As taxas de mortalidade variaram de 24% a 88% em surtos anteriores, dependendo da cepa do vírus e do gerenciamento de casos”, comunicou a Organização das Nações Unidas (ONU), na última sexta-feira, 08.
A organização falou autoridades estão realizando preparativos para conter um surto da doença. “A OMS está enviando especialistas para apoiar as autoridades de saúde de Gana, reforçando a vigilância de doenças, testando, rastreando contatos, preparando-se para tratar pacientes e trabalhando com comunidades para alertá-los e educá-los sobre os riscos e perigos da doença e colaborar com as equipes de resposta a emergências”.
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EXISTE VACINA CONTRA O VÍRUS?
Conforme comunicado da ONU, ainda não há vacinas aprovadas contra o vírus Marburg e nem mesmo tratamentos antivirais. “Os cuidados de suporte – reidratação com fluidos orais ou intravenosos – e o tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevida”, destacou. Os tratamentos incluem “produtos sanguíneos, terapias imunológicas e terapias medicamentosas”.
