Cientistas desenvolvem fita adesiva para tratamento de lesões em órgãos ou tecidos

A fita adesiva cirúrgica também mostrou que se degrada no organismo sem provocar inflamações

Cientistas criam fita adesiva cirúrgica – Pexels/Tara Winstead

Para alguns arranhões na pele, geralmente colocamos um curativo adesivo no local. Agora, cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram uma fita adesiva cirúrgica para lesões mais graves, em órgãos ou tecidos. O estudo demonstrou que o material pronto para uso é capaz de ‘grudar’ no tecido rapidamente, além de demonstrar flexibilidade para se esticar de acordo com a contração de um órgão.

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Entre a composição da fita está um elemento utilizado em fraldas: o ácido poliacrílico. O composto serve para absorver a umidade quanto o material estiver em contato com algum tecido. “O adesivo GI (órgãos gastrointestinais) integra uma camada superior não adesiva e uma camada inferior seca e bioadesiva, resultando em um adesivo fino, flexível, transparente e pronto para uso com propriedades mecânicas compatíveis com o tecido”, disse os pesquisadores, no estudo.

Publicado na revista científica Science Translational Medicine, o experimento demonstrou que a fita adesiva tem o potencial de se ligar a perfurações no cólon, intestino e estômago de diversos animais. Ao ser aplicada em uma cultura de células humanas, a fita se mostrou biocompatível, já que as células não pararam de crescer.  

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FITA ADESIVA CIRÚRGICA SE DEGRADA SEM CAUSAR INFLAMAÇÕES

Os pesquisadores também analisaram a degradação da fita adesiva no organismo, e observaram que o material se deteriora aos poucos e sem causar inflamações aos tecidos. O recurso foi aplicado na pele de ratos, e depois de 12 semanas a fita foi se deteriorou sem provocar reações tóxicas. 

“O patch GI proposto fornece uma alternativa promissora à sutura para reparo de defeitos gastrointestinais e oferece oportunidades clínicas potenciais para o reparo de outros órgãos”, declararam os pesquisadores, no estudo. 

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