Cientistas criam esmalte dentário artificial mais resistente que o natural

O esmalte artificial criado por cientistas da China demonstrou mais rigidez e viscoelasticidade

Criação de esmalte dentário artificial – Freepik/jcomp

Já imaginou utilizar um esmalte artificial nos dentes? Foi justamente isso que cientistas da Fundação Nacional de Ciências Naturais da China criaram. Mas, antes de entender o desenvolvimento da tecnologia, é importante destacar a explicação dos pesquisadores sobre o esmalte, que “é a fina camada externa dos nossos dentes e é o material biológico mais duro do corpo humano

Publicidade

Os cientistas criaram um esmalte artificial com base em nanofios de hidroxiapatita. Com o objetivo de ser o mais parecido possível com o natural, até mesmo as formas e os tamanhos de componentes biológicos foram imitados. “Nós projetamos um análogo de esmalte com a estrutura hierárquica essencial em várias escalas através da montagem de nanofios de hidroxiapatita revestidos com fase intergranular amorfa (AIP) entrelaçados com álcool polivinílico”, disse os pesquisadores, no estudo.

+++ Estresse aumenta casos de aftas, fratura nos dentes e problemas na articulação da mandíbula e do crânio

+++ Você sabia que a saúde bucal pode ter relação com problemas cardíacos? Saiba como isso ocorre

ESMALTE ARTIFICIAL MOSTRA MAIS RESISTÊNCIA QUE O NATURAL

No estudo, publicado na revista Science, o esmalte artificial desenvolvido demonstrou resultados mais potentes em relação ao esmalte que temos naturalmente. Foram observados uma maior resistência e viscoelasticidade, além de uma forte rigidez e dureza. Com isso, a ideia do estudo seria justamente abrir espaço para mais um método de prevenção de problemas de saúde bucal, como cáries e até mesmo aquela sensibilidade desconfortável ao tomar um sorvete, por exemplo. 

Publicidade

Ainda, com o passar do tempo, o esmalte natural pode se desgastar e deixar os dentes mais vulneráveis. Mas, essa aplicação seria algo para o futuro, já que ainda não é possível utilizar em humanos, pois mais estudos sobre o tema devem ser avançados, como a realização de análises clínicas.