Cientistas apontam região do cérebro que responde a estímulos no clitóris

O estudo que relaciona a região cerebral com o clitóris foi publicado na revista científica Journal of Neuroscience

Estudo sobre a relação do cérebro com o clitóris – Pexels/Anna Shvets

Os estímulos sexuais na região do clitóris foram a fonte de uma pesquisa publicada na Journal of Neuroscience, nesta segunda, 20. Os pesquisadores apontaram a região do cérebro feminino que responde a esses estímulos e afirmaram que o estudo pode ajudar no tratamento de pessoas que sofreram com violência sexual ou que possuem disfunções sexuais

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Com a participação de 20 mulheres adultas (de 18 a 45 anos), os clitóris das voluntárias foram estimulados oito vezes por dez segundos – alternados entre dez segundos de descanso – durante uma ressonância magnética para o mapeamento de seus cérebros. Para comparação, as costas da mão direita também recebeu estímulos. 

Com isso, observou-se uma área dentro da parede lateral do córtex somatossensorial. Aliás, a frequência das relações sexuais também interferem, em que a ativação na região cerebral se mostrou maior em mulheres sexualmente mais ativas.

Estudo sobre a área do cérebro que responde a estímulos no clitóris
Imagem/Knop et al., JNeurosci 2021/AFP

 

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RELAÇÃO DO CÉREBRO COM O CLITÓRIS: POR QUE DEVE SER ESTUDADA?

“É um assunto que não se estuda muito. Estamos pesquisando como os órgãos genitais femininos são representados no córtex somatossensorial em humanos e se ele tem a capacidade de mudar em relação à experiência ou uso”, disse à Agence France-Presse (AFP) a coautora do estudo e professora de psicologia médica do Hospital Universitário Charité, na Alemanha, Christine Heim. A cientista ainda complementa que “essa falta de conhecimento tem impedido as pesquisas sobre comportamentos sexuais padrão e condições patológicas”

Conforme o estudo, a importância dessa pesquisa vai muito além de apenas identificar a área que responde a estímulos sexuais: em nível cerebral, ela irá servir para compreender as consequências do abuso sexual. “Com base nesse entendimento, podemos desenvolver novas maneiras que ajudem a reverter as consequências e, assim, aliviar o sofrimento e promover a saúde das mulheres”.

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