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Depressão pós-parto cresce no Brasil; Desinformação é um dos fatores para o agravamento da doença

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo mostrou como a depressão pós-parto teve um aumento entre as brasileiras, durante a pandemia

Depressão pós-parto tem aumento no Brasil – Freepik/freepik

Tristeza profunda, desespero, desmotivação, ansiedade e irritabilidade: esses são alguns dos sintomas que podem acometer uma mulher após dar à luz, conhecido como depressão pós-parto. Muitos fatores, sociais e psicológicos podem acarretar ao desenvolvimento da doença. 

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De acordo com uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a pandemia desencadeou um agravamento no transtorno: com a análise de 182 pacientes, cerca de 38% das mulheres relataram sofrimento com a depressão pós-parto

Dados antes da pandemia mostram que a doença atinge 20% das mulheres em países em desenvolvimento e 10% em países desenvolvidos, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aliás, não importa em qual região, uma mulher que sofre com a doença não deve ser julgada, e sim receber apoio e tratamento com base no seu caso. Lembrando que romantizar a gravidez é algo que pode levar a muitas consequências negativas. 

Na pesquisa realizada pela USP, um fator durante a pandemia foi apontado como meio que pode ter agravado o quadro da doença no Brasil: a massiva desinformação disseminada pela internet. As pacientes que buscaram intensamente por notícias – cerca de 4,5 horas por dia – tiveram uma depressão mais grave após o nascimento do filho.

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COMO O MODO DE CONSUMIR INFORMAÇÃO TAMBÉM ESTÁ RELACIONADO COM A DEPRESSÃO PÓS-PARTO?

Aliás, o modo de consumo também impactou no desenvolvimento da doença. Aquelas que se informavam por fontes confiáveis foram menos afetadas do que as mulheres que se informavam por aplicativos como o WhatsApp. As fake news não é algo de hoje, mas com certeza ficou mais evidente com o período da pandemia, e o estudo mostra como a desinformação possui consequências avassaladoras para a saúde

Na conclusão da pesquisa da USP, a alta taxa de depressão pós-parto no Brasil, durante o surto da Covid-19, está relacionada com questões como o modo de consumir informação, ambiente familiar inadequado e preocupação com a falta de leitos hospitalares.

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