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Chega de sofrimento: exercícios previnem a incontinência urinária de esforço e queda da bexiga

Técnica da barriga negativa ajuda a tonificar o assoalho pélvico, afastando o risco de problemas que são cada vez mais comuns inclusive em mulheres mais jovens e praticantes de atividades físicas de alto impacto

Especialista ensina técnica que ajuda a aliviar problemas com a bexiga – Divulgação

Dados da Sociedade Internacional de Continência e da Sociedade Internacional de Uroginecologia estimam que 200 milhões de pessoas no mundo sofrem de incontinência urinária, sendo que 50% têm a chamada Incontinência Urinária de Esforço (IUE). Caracterizada pela perda involuntária de urina ao tossir, espirrar ou realizar atividades físicas, a IUE em geral é associada à prevalência em mulheres idosas ou que já passaram por diversos partos normais, mas estudos mostram que as mais jovens também já registram essa disfunção, em especial as praticantes de exercícios de alto impacto, como o crossfit.

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Por trabalhar exatamente a tonificação do assoalho pélvico, o treinamento Low Pressure Fitness (LPF), popularmente conhecido como a técnica da barriga negativa, pode ser uma opção para ajudar a prevenir esse e outros problemas mais sérios a longo prazo, como a queda da bexiga.

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“Durante atividades mais intensas como o crossfit e a corrida, os músculos do assoalho pélvico, responsável pela sustentação dos órgãos pélvicos, são submetidos a uma sobrecarga intensa e repetida”, explica Carol Lemes, embaixadora do método LPF no Brasil. “Esse aumento exacerbado da pressão intra-abdominal pode alterar o mecanismo de continência derivando então na incontinência urinária de esforço”, diz. “O treinamento Low Pressure Fitness atua para restabelecer a funcionalidade perineal, por meio de exercícios respiratórios e posturais”. 

A especialista destaca que a chave para evitar esses distúrbios está na tonificação do períneo e na capacidade de pré-ativação do assoalho pélvico mediante um esforço, ou seja , esses músculos precisam se ativar de forma involuntária quando ocorre o aumento da pressão intra-abdominal. Muita gente afirma de forma equivocada que é preciso fortalecer o períneo para prevenir a IUE, porém força não é sinônimo de função. Existem inclusive muitas mulheres com o períneo forte mas que apresentam IUE.

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“O que esses músculos precisam para ser funcionais é um bom tônus, ou seja, a capacidade do períneo de fazer uma contração intermediária e contínua para sustentar os órgãos como a bexiga, o útero e o reto, respondendo de forma natural e correta toda vez que houver aumento da pressão intra-abdominal”, detalha Carol. “Quando a mulher perde essa função, ao tossir, espirrar ou pular corda, por exemplo, ao invés do períneo contrair  e empurrar esses órgãos para cima de volta, ele não se ativa e a pressão vai toda para baixo, em cima da bexiga”, acrescenta. “Isso gera a perda involuntária da urina, dores na região pélvica , disfunções sexuais e, se não for tratado, pode resultar em um prolapso, que é a queda da bexiga”, alerta. 

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Carol reforça a importância da maior informação sobre o tema entre os profissionais. “Infelizmente muitos ainda não consideram a IUE como algo mais sério, mas ela precisa ser tratada desde o grau 1”, ressalta a embaixadora do LPF no Brasil. “E mesmo em casos mais graves de cistocele, em que é necessária a correção cirúrgica para reposicionar a bexiga, é preciso que a paciente seja orientada por uma fisioterapeuta pélvica no pré e no pós-operatório”, recomenda.

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O procedimento cirúrgico apenas coloca tudo de volta no lugar, mas não garante o correto funcionamento posterior dos músculos, possibilitando que o problema retorne”, revela. “A boa notícia é que, com base em estudos científicos mais recentes, cada vez mais fisioterapeutas especialistas em fisioterapia pélvica estão associando aos tratamentos de seus pacientes a prática sistemática e regular do Low Pressure Fitness”, comenta. “Sem dúvida uma excelente estratégia para restabelecer a funcionalidade do assoalho pélvico, garantindo a prática mais segura dos exercícios de alto impacto e o fim dos constrangimentos”.

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Sobre o Low Pressure Fitness – LPF

O Low Pressure Fitness – LPF é um programa de treinamento postural e respiratório para a região lombar, pelve e quadril, com exercícios que não exercem pressão sobre o pavimento pélvico ou a coluna durante sua execução. Foi inspirado na chamada técnica hipopressiva, desenvolvida nos anos 80, e com a experiência e grande repercussão dos resultados, seus fundadores criaram uma certificação internacional para profissionais da área de saúde e das ciências do exercício físico, com a fundação do International Hypopressive Physical Therapy Institute. Isso possibilitou sua expansão, com mais de 5 mil profissionais certificados e cerca de 100 mil praticantes apenas no Brasil.


Carol Lemes
Formada em Educação Física pela UNICAMP, Carol Lemes é embaixadora no Brasil do método Low Pressure Fitness, mais conhecido como a técnica da barriga negativa. Carol foi a primeira brasileira a ter a certificação da escola Internacional Hypopressive & Physical Therapy Institute e, em 2015, trouxe a LPF para o país. Desde então, já formou mais de 5 mil fisioterapeutas e profissionais da área aptos a aplicarem a técnica em mais de 50 cidades.

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Carol também é certificada pelo método Gasquet, desenvolvido pela médica e fisioterapeuta francesa Bernadette Gasquet, grande referência em parto e pós-parto, e em ELDOA (Longitudinal Osteo-Articular Decoaptation Stretching), com o Osteopata francês Dr. Guy Voyer .

Hoje, Carol possui três Studios em Campinas e conta com um time de seis profissionais que a ajudam no processo de expansão do método pelo Brasil. Além disso, ela também é fundadora da empresa Leading Fitness focada em cursos para profissionais da área de saúde.