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Banco genômico de idosos no Brasil irá permitir uma melhor identificação de doenças genéticas

Banco genômico brasileiro terá uma base de dados mais diversificada do que grande parte dos bancos internacionais

Banco genômico no Brasil – Pexels/Gustavo Fring

Pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) desenvolveram um banco de dados genômicos de pessoas da terceira idade, da cidade de São Paulo. Os idosos foram escolhidos pelos cientistas por estarem em uma idade propícia para o desenvolvimento de enfermidades como Alzheimer e Parkinson, enquanto o local foi selecionado por conta da diversidade genética presente em São Paulo, por conta da miscigenação não só na cidade, mas em todo o país

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Após um estudo realizar o sequenciamento genômico de mais de mil idosos brasileiros, o projeto começou a ser elaborado. A ideia é melhorar a identificação de doenças genéticas nos brasileiros. “Desde que os dados começaram a ser disponibilizados foram registrados diversos acessos de pesquisadores do Brasil e do exterior ao repositório. Isso demonstra a importância dessa iniciativa para a comunidade científica”, disse à Agência FAPESP a professora do IB-USP, Mayana Zatz.

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IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE GENÔMICA

Conforme o professor da USP, Michel Naslavsky, à Agência FAPESP, grande parte dos bancos genômicos fora do Brasil concentram mais como modelo o europeu. Essa pode ser a explicação da descoberta de cerca de dois milhões de tipos genéticos que não haviam sido reportados por bancos internacionais, em uma análise feita com pessoas idosas de São Paulo. “É possível que esse número de 2 milhões de novas variantes genéticas que encontramos diminua à medida que esses repositórios incluam populações pouco representadas, como a brasileira”, disse o professor. 

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A professora Mayana explica que São Paulo possui uma reunião genômica de descendentes da África, Ásia e Europa, “além de pessoas nascidas em vários outros estados e países”. Por isso, o banco brasileiro será importante para um ponto necessário: representatividade