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Entenda a terapia gênica no combate ao câncer

O tratamento conhecido como ‘terapia gênica’ foi aprovado em fevereiro no Brasil para ser usado no combate ao câncer

Entenda a terapia gênica no combate ao câncer – FREEPIK

Em 2017, o FDA, órgão americano análogo à Anvisa no Brasil, aprovou a terapia oncológica conhecida como CAR-T Cell, a primeira terapia gênica contra o câncer. Cinco anos se passaram e, no Brasil, a aprovação para o uso dessa medicação ocorreu neste mês de fevereiro de 2022, o que representou uma notícia muito relevante em tratamentos de combate ao câncer, como também uma nova perspectiva para o paciente.

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Entenda a terapia gênica no combate ao câncer

Mas o que isso significa, afinal? O CAR-T Cell é uma terapia inovadora e com capacidade de revolucionar a terapia contra o câncer. Ela se baseia em uma premissa inédita, na qual nossas próprias células de defesa, os linfócitos, são utilizados para combater o câncer.

Primeiramente, uma linhagem de células de defesa (linfócitos T) são retirados do paciente. Em seguida, os linfócitos T são modificadas geneticamente para se tornarem ativos contra células tumorais e, em seguida, são reinfundidos no paciente.

O resultado é uma resposta muito intensa contra a neoplasia alvo e com excelente eficácia. Atualmente, essa terapia é aprovada para tratamento de duas neoplasias malignas, LLA (leucemia linfoblástica aguda) e alguns subtipos de linfoma.

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NOVO TRATAMENTO DE TERAPIA GÊNICA CONTRA CÂNCER É INDICADO APENAS PARA PACIENTES ATÉ 25 ANOS

Com o registro, a Anvisa destaca que o tratamento faz parte da geração de imunoterapias personalizadas. Mas, a agência destaca que serve apenas para crianças e jovens até 25 anos e com as seguintes condições:

  • Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) de células B, refratária ou a partir da segunda recidiva;
  • Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB) recidivado ou refratário, depois de duas ou mais linhas de terapia sistêmica em pacientes adultos.

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Terapia gênica no Brasil

No Brasil, a terapia já foi utilizada em âmbito experimental, em 2019 no paciente Vamberto Luis de Castro, que se tratava na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP). À época, ele ficou conhecido por ser o primeiro paciente da América Latina a receber terapia com CAR-T Cell. Vamberto tinha diagnóstico de linfoma não-Hodgkin, e, após diversos tratamentos, já não dispunha de alternativas terapêuticas eficazes. Após a realização da terapia gênica, houve redução de quase 100% das lesões que o acometiam.

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A aprovação da terapia pela Anvisa é uma de várias etapas necessárias para que a medicação seja incorporada ao sistema de saúde brasileiro. Para os brasileiros que enfrentam o tratamento contra o câncer, essa é uma terapia extremamente promissora, que deverá ter sua indicação ampliada nos próximos anos e beneficiará ainda mais pacientes.