Estado do Pará confirmou nesta quinta-feira, 06, que encontraram o vírus nas fezes de uma criança de três anos; caso ainda está sob investigação, mas já acende alerta
Na quinta-feira, 06 de outubro, a Secretaria de Saúde Pública do Pará confirmou que encontraram o vírus da poliomielite nas fezes de uma criança de três anos. O caso ocorreu no interior do estado, em Santo Antônio do Tauá, e segue sob investigação. No entanto, já acende alerta para uma possível reemergência de casos, após a baixa vacinação infantil.
Segundo informações, desde 2016 o Brasil não atinge a meta de 95% das crianças, entre 1 e 4 anos, vacinadas contra a doença. Neste ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizada entre 8 de agosto e 30 de setembro, alcançou apenas 60% do público-alvo.
Em 2021, além disso, a cobertura vacinal contra a doença registrou os menores números dos últimos 25 anos: somente 75%; Entre as capitais, por exemplo, 11 delas tiveram coberturas vacinais abaixo da média nacional em 2021: Teresina (74%), Natal (74%), São Paulo (73%), Porto Velho (72%), Aracaju (71%), Boa Vista (63%), Belém (57%), São Luís (48%), Joao Pessoa (43%), Macapá (39%) e Salvador (30%). Somente Vitória, no Espírito Santo, alcançou a cobertura mínima recomendada.
Vale destacar que a doença estava eliminada no Brasil, desde 1994, graças à vacinação em massa.
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A Secretaria de Saúde Pública do Pará confirmou nesta quinta-feira, 6 de outubro, a detecção do vírus, mas destacou que o caso segue sob investigação. Segundo as autoridades de saúde locais, não se trata de poliovírus selvagem, mas sim do tipo Sabin Like 3. Que, de acordo com eles, está presente em sua forma atenuada na Vacina Oral contra Poliomielite (VOP).
O caso, ainda assim, reforça o alerta sobre a possibilidade de retorno da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. “O risco de reemergência da doença no Brasil é resultado da combinação da baixa cobertura vacinal desde 2016 com problemas de saneamento básico”, explica Patricia Boccolini, coordenadora do Observatório de Saúde na Infância – Observa Infância, da Fiocruz e Unifase.
Por fim, destaca-se que, desde 2014, o município paraense onde encontraram o vírus não atinge a meta de vacinação contra a poliomielite. Durante a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, apenas 30% das crianças de um a quatro anos receberam o imunizante, cobertura ainda menor que a do estado, onde 44% do público-alvo recebeu o reforço contra a poliomielite.
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