Publicidade

Além de endometriose, Larissa Manoela tem Síndrome dos Ovários Policísticos: quais os sintomas? Existem riscos?

Ginecologista explica síndrome, seus sintomas, além de revelar como funciona em casos combinados com endometriose, como no da atriz

Ginecologista explica síndrome dos ovários policísticos, além de revelar como funciona em casos combinados com endometriose, como no de Larissa Manoela
Saiba os sintomas, riscos e tratamento da SOP – Instagram/@larissamanoela/Freepik

Larissa Manoela descobriu, após um ultrassom detalhado, que possui Síndrome dos Ovários Policísticos. A atriz, que também tem o diagnóstico de endometriose, compartilhou a notícia nesta terça-feira, 20 de setembro.

Publicidade

“Ontem através de um ultrassom detalhado eu descobri que além de endometriose eu tenho também ovário policístico“, escreveu. “O diagnóstico positivo assusta e confesso dar uma desestabilizada. Mas tô certa de que vou encontrar o melhor tratamento pra ambas as doenças!“.

Com a repercussão do caso da artista de 21 anos, muitas dúvidas sobre a condição, assim como ela combinada com a endometriose, surgiram. O ginecologista e obstetra, Dr. Marcos Tcherniakovsky, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose, então, detalha mais sobre as doenças.

“A síndrome dos ovários policísticos é uma doença muito endocrinológica, que acaba combinando com uma alta produção do hormônio masculino, a testosterona”, revela, portanto. “Como é uma síndrome, é um conjunto de sintomas e sinais, entre eles obesidade, aparecimento de acnes, aparecimento de pelos um pouco mais intenso que o normal, e, talvez, a principal característica: uma anovulação crônica, uma mulher com dificuldade de ovular. Ela pode ficar períodos de 3 meses, 4 meses, 5 meses e muitas até o ano inteiro não conseguem menstruar, por não conseguir ovular“.

Além disso, o profissional destaca que a SOP é diferente apenas de ovários policísticos. “O ovário policístico é aquele ovário com vários pequenos cistos, ovários micropolicísticos, mas esta mulher não tem alteração nenhuma hormonal”, revela. Por isso, para identificar a síndrome, o ginecologista destaca a importância de identificar, pelo menos, dois dos sintomas graves, “menstruação irregular, hiperandrogenismo – crescimento de pelo, acne – mudança laboratorial e a presença desses microcistos no ovário, mostrando que os ovários estão um pouco mais aumentados no ultrassom“.

Publicidade

Larissa Manoela tem Síndrome dos Ovários Policísticos e Endometriose: existem riscos?

Como a SOP é uma doença de estrógeno-dependentes, assim como a endometriose, os riscos dela são: “à infertilidade, maior chance de desenvolvimento de mioma uterino, de pólipo endometrial e a até mesmo da própria endometriose”.

Apesar disso, seu diagnóstico combinado com a endometriose, como no caso da cantora, não provoca nenhum maior risco. O Dr. Marcos, por exemplo, até pontua que é comum o diagnóstico das doenças combinadas.

Em relação ao tratamento e controle da doença, o profissional explica: “A síndrome dos ovários policísticos e a endometriose são duas situações diferentes, mas que a gente muitas vezes usa o mesmo tipo de tratamento”.

Publicidade

Usamos medidas gerais de estímulo de atividade física, comportamento nutricional muito bem-feito, uso de anticoncepcionais, no caso da endometriose nós usamos justamente para que ela não menstruar e, no caso da síndrome dos ovários policísticos, usamos para evitar esse ambiente de estrogenismo. Os tratamentos, portanto, se combinam”, explica, por fim.

Siga a Viva Saúde no app Helo e receba todas as notícias do site de forma rápida e fácil de ler!

 

Publicidade
**
Sobre a fonte

Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico Responsável da Clínica Ginelife.