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África alerta sobre igualdade de vacinas, em meio ao surto de varíola dos macacos

A África afez um alerta para que as vacinas que podem frear a doença não fiquem acumuladas em países mais ricos

Brasil negocia compra de vacina contra varíola dos macacos
Brasil negocia compra de vacina contra varíola dos macacos- Pexels/Thirdman

A varíola dos macacos está se espalhando rapidamente pelo mundo, mas países da África já sofriam uma endemia da doença, como a Nigéria, República Democrática do Congo e Camarões. Com os altos casos da doença, recentemente a farmacêutica Moderna anunciou a realização de estudos para o desenvolvimento de um imunizante contra esse tipo de varíola, e países europeus já encomendaram algumas vacinas para a contenção do surto.

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ÁFRICA ESPERA QUE VACINAS PARA A CONTENÇÃO DE VARÍOLA DOS MACACOS NÃO SE ACUMULEM EM PAÍSES MAIS RICOS

Com isso, a África fez um alerta importante: a igualdade na distribuição de vacinas. O que se espera, é que os imunizantes voltados para frearem o avanço da varíola dos macacos não fiquem acumulados como ocorreu com as próprias vacinas contra a covid-19. Em relação à pandemia de covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou várias vezes sobre o problema da desigualdade de vacinas nos países mais pobres.

“As vacinas devem ir para onde são mais necessárias e de forma equitativa, com base no risco, e não em quem pode comprá-las”, disse, em coletiva, Ahmed Ogwell Ouma, do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças. Com mais de 200 casos da doença, no atual cenário, o vírus dos macacos é considerado leve e, até o momento, não houve registros oficiais de mortes pela infecção.

ONU ALERTA SOBRE RACISMO E LGBTFOBIA EM MEIO AO SURTO DA DOENÇA

A Unaids, da Organização das Nações Unidas (ONU), fez um outro tipo de alerta em relação à varíola dos macacos: coberturas que podem reforçar o racismo e a LGBTfobia. “A retórica estigmatizante pode rapidamente desativar a resposta baseada em evidências, alimentando ciclos de medo, afastando as pessoas dos serviços de saúde, impedindo os esforços para identificar casos e incentivando medidas punitivas ineficazes”, disse Matthew Kavanagh, vice-diretor executivo do programa da ONU.

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