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Varíola dos macacos: ONU faz alerta contra racismo e LGBTfobia

A Unaids, programa da ONU, destaca como estereótipos estão sendo reforçados e como isso impede respostas efetivas contra a doença

ONU fala sobre preconceitos por conta de varíola dos macacos
ONU fala sobre preconceitos por conta de varíola dos macacos – Pexels/Edward Jenner

Junto com a preocupação de autoridades de saúde em relação ao avanço da varíola dos macacos, um outro cenário acendeu o alerta da Unaids, programa da Organização das Nações Unidas (ONU): o racismo e a LGBTfobia. Isso porque algumas mídias reforçam estereótipos contra as comunidades LGBTQIA+ e africana, com imagens e linguagens que inflam preconceitos.

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A AIDS foi um exemplo de que “o estigma e a culpa minam a confiança e a capacidade de responder efetivamente durante surtos como este”, como ressalta, em comunicado,  o vice-diretor executivo do programa da ONU, Matthew Kavanagh. Uma parte significativa dos diagnósticos da doença foram observados entre homens que fazem sexo com homens, mas esse dado não é margem para preconceito e, conforme a própria Unaids destaca, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que o risco está entre todos que tiverem contato com infectados com a doença.

VARÍOLA DOS MACACOS: PRECONCEITOS AFASTAM PESSOAS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Com a experiência da cobertura da AIDS, Matthew Kavanagh lembra que preconceitos desencadeiam diversos efeitos negativos: “A retórica estigmatizante pode rapidamente desativar a resposta baseada em evidências, alimentando ciclos de medo, afastando as pessoas dos serviços de saúde, impedindo os esforços para identificar casos e incentivando medidas punitivas ineficazes”.

A Unaids destaca a importância da cobertura sobre a varíola dos macacos (chamada de Monkeypox, em inglês) se basear nas atualizações da OMS, além da solidariedade e coordenação internacional para a superação do vírus e da construção de uma infraestrutura que não permita o ferimento dos direitos humanos. “O estigma machuca todo mundo”, disse Kavanagh.

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